quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Técnica ajuda a criança de perder o medo de ir ao cirurgião-dentista

Cachorros, jacarés, dinossauros e flores esculpidas em uma espécie de massinha amarela e vermelha chamam a atenção das crianças que aguardam atendimento na sala de espera do odontopediatra Leo Kriger, de 68 anos. O que à primeira vista parece apenas uma decoração excêntrica, na verdade é o resultado de um método odontológico para tratamento de crianças desenvolvido em seus 45 anos de profissão.

No fim da primeira sessão, após uma longa conversa com os pequenos, inclusive sobre as “esculturas” de seu mini museu, Kriger entrega uma cera dental vermelha e outra amarela para a criança levar para casa e fazer a sua própria escultura, que será incluída na exposição já na sessão seguinte. Essa rotina se repete em todas as sessões do tratamento. O objetivo é estabelecer vínculos afetivos entre o dentista e as crianças. “Quando elas sentem o acolhimento, ficam mais tranquilas e prontas para o tratamento”. No primeiro dia, o paciente nem se senta na cadeira do dentista, pois ele enfatiza que em sua cadeira “só senta quem é seu amigo“. O sinal para saber quando começar o trabalho é quando este consegue abraçar a criança, o que, com os de comportamento mais difícil, geralmente só acontece no terceiro encontro.

A técnica faz tanto sucesso que será tema da palestra "Ludoterapia, uma aliada importante no manejo da criança em Odontopediatria", a ser dada por Leo Kriger no Congresso Internacional de Odontologia do Centenário, realizado pela APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, entre 29 de janeiro e 1 de fevereiro, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento abre em grande estilo os 100 anos de atividades da APCD.

Ex-pacientes adultos lembram do tratamento

Leo Kriger conta que quando iniciados desde muito pequenos, os pacientes tendem a seguir pedindo as massinhas até os 10 ou 12 anos. As ceras são realmente usadas nos tratamentos – a amarela serve originalmente para estabelecer a oclusão dos pacientes e a vermelha é usada para fixar fios de aço em modelos de confecção de prótese e ortodontia. “Tenho ex-pacientes com quase quarenta anos hoje e que ainda se lembram do tratamento quando eram crianças”, se orgulha.

A técnica nasceu quando participou de um curso de ludoterapia com gesso e teve a ideia de usar as ceras coloridas. “O diferencial é que a criança não pode comprar a cera, que só é encontrada em casas especializadas em produtos odontológicos. Para brincarem com o material, elas têm que voltar ao meu consultório”, explica. O método foi sendo polido de forma totalmente empírica, no dia a dia das consultas, mas já rendeu dois artigos, um deles no jornal da Aboprev (Associação Brasileira de Odontologia de Promoção de Saúde), sob o título “A Ludoterapia no manejo do cliente de Odontopediatria”. E segundo o dentista, pode gerar um estudo mais completo nos próximos anos.

O dentista afirma perceber o estado emocional das crianças por meio das esculturas. “Uma vez uma delas esculpiu um menino subindo em um pau de sebo; no topo estava uma serpente maior, que representava o pai severo, e na base uma serpente menor, aludindo à mãe permissiva com os abusos do pai”, conta o odontopediatra, que pediu o auxílio de uma amiga psicóloga quando viu o trabalho. Ele explica que sempre que encontra casos como este, encaminha a criança para tratamento com terapeutas.

Fonte : Site Segs

A importância do líder para o bom relacionamento entre empresa e equipe

Mais do que uma posição na hierarquia da empresa, o exercício da liderança é uma questão de postura.
Algumas características são essenciais para quem assume a árdua tarefa de ser líder. Relacionamento interpessoal, saber ouvir e administrar conflitos, praticar elogios, resolver problemas, tomar decisões, mostrar confiança e credibilidade são algumas delas.
Nas relações de trabalho, mais do que um guia para os colaboradores, quem assume esta postura gera o comprometimento de todos para alcançar as metas da empresa. “O mercado precisa de líderes que garantam uma flexibilidade necessária diante das mudanças, que sejam inovadores, engajem sua equipe e tenham credibilidade com visão de futuro“, explica Crismeri Delfino Corrêa, vice-presidente de Gestão e Inovação da ABRH-RS.
Esta habilidade pode ser treinada, mas depende da vontade de cada profissional. Sabe-se que o líder pode ser construído, treinado, capacitado, e para isto, precisa colocar todos os seus esforços nas competências de liderança que possui.
O verdadeiro líder se desenvolve quando aprende a ensinar e delegar tarefas de forma eficaz, mas isso não deve ser confundido com rigidez. “Antigamente entendia-se que os líderes eram aqueles que tinham mais força física. Entretanto, hoje em dia, ninguém consegue ser rígido com um público que sabe o que quer e não admite mais submissão”, completa Crismeri.

Fonte: Administradores.com.br