domingo, 31 de outubro de 2010

A morte de um amigo


Em 21 de Abril de 1934, uma estátua de bronze de Hachikō, esculpida pelo renomado escultor Tern Ando, foi erguida em frente ao portão de bilheteria da estação de Shibuya, com um poema gravado em um cartaz intitulado "Linhas para um cão leal". A cerimônia de inauguração foi uma grande ocasião, com a participação do neto do professor Ueno e uma multidão de pessoas. Pelo país afora a fama de Hachi se espalhou e a raça Akita cresceu. Hachi foi convidado várias vezes para aparecer como um convidado em mostras de cães, também miniaturas e cartões postais dele começaram a ser feitos.

Porém, mais tarde, a figura e lenda de Hachikō foi distorcida e usada como símbolo de lealdade ao Estado, aparecendo em propagandas que difundiam o fanatismo nacionalista que acabaram levando o país à Segunda Guerra Sino-Japonesa, no final da década de 1930 e também à Segunda Guerra Mundial. Lamentavelmente, a primeira estátua foi removida e derretida para armamentos durante a Segunda Guerra Mundial, em abril de 1944. No entanto, em 1948 uma réplica foi feita por Takeshi Ando, filho do escultor original, e reintegrada no mesmo lugar da anterior, em uma cerimônia em 15 de agosto. Esta é a estátua que está ainda hoje na Estação de Shibuya e é um ponto de encontro extremamente famoso e popular.

A fama repentina de Hachikō fez pouca diferença para a sua vida, pois ele continuou exatamente da mesma maneira como antes. Todo dia, ele partia para a estação de Shibuya e esperava lá pelo Professor Ueno para voltar pra casa. Em 1929, Hachikō contraiu um caso grave de sarna, que quase o matou. Devido aos anos passados nas ruas, ele estava magro e com feridas das brigas com outros cães. Uma de suas orelhas já não se levantava mais, e ele já estava com uma aparência miserável, não parecendo mais com a criatura orgulhosa e forte que tinha sido uma vez. Ele poderia ter sido confundido com qualquer cão mestiço.

Como Hachiko envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de dirofilariose, um verme que ataca o coração . Na madrugada de 8 de março de 1935, com idade de 11 anos,ele deu seu último suspiro em uma rua lateral à estação de Shibuya. A duração total de tempo que ele tinha esperado, saudoso, seu mestre, foi de nove anos e dez meses. A morte de Hachikō estampou as primeiras páginas dos principais jornais japoneses, e muitas pessoas ficaram inconsoláveis com a notícia. Um dia de luto foi declarado.

Seus ossos foram enterrados em um canto da sepultura do professor Ueno (no Cemitério Aoyama, Minami-Aoyama, Minato-ku, Tóquio), para que ele finalmente se reencontrasse com o mestre a quem ele havia ansiado por tantos anos. Sua pele foi preservada, e uma figura empalhada de Hachikō pode ainda ser vista no Museu Nacional de Ciências em Ueno.

Todo dia 8 de Abril é realizada uma cerimônia solene na estação de trem, em homenagem à história do cão leal.

A lealdade dos cães da raça Akita já era conhecida pelo povo japonês há muito tempo. Em uma certa região do Japão, incontáveis são as histórias de cães desta raça que perderam suas vidas ao defenderem a vida de seu proprietários.

Onde quer que estejam e para aonde quer que vão, têm sempre "um dos olhos" voltados para aqueles que deles cuidam. Por causa desse zelo, o Akita se tornou Patrimônio Nacional do povo japonês, tendo sido proibida sua exportação.

Se algum proprietário não tiver condições financeiras de manter seu Akita, o governo japonês assume sua guarda.

Devido a todas suas qualidades, uma das províncias japonesas recebe seu nome, Akita-Ken.

A vida de um amigo


Em 1924 Hachikō foi a Tóquio pelo seu dono, Hidesaburō Ueno, um professor do departamento de agricultura da Universidade de Tóquio. O professor Ueno, que sempre foi um amante de cães, nomeou-o Hachi e o encheu de amor e carinho.
Hachikō acompanhava Ueno desde a porta de casa até a não distante estação de trens de Shibuya, retornando para encontrá-lo ao final do dia. A visão dos dois, que chegavam na estação de manhã e voltavam para casa juntos na noite, impressionava profundamente todos os transeuntes.
A rotina continuou em maio do ano seguinte, quando numa tarde o professor não retornou em seu usual trem, como de costume. A vida feliz de Hachikō como o animal de estimação do professor Ueno foi interrompida por um acontecimento muito triste, apenas um ano e quatro meses depois.
Ueno sofrera um AVC na universidade naquele dia, nunca mais retornando à estação onde sempre o esperara Hachikō.

Em 21 de Maio de 1925, o professor Ueno sofreu um derrame súbito durante uma reunião do corpo docente e morreu. A história diz que na noite do velório, Hachikō, que estava no jardim, quebrou as portas de vidro da casa e fez o seu caminho para a sala onde o corpo foi colocado, e passou a noite deitado ao lado de seu mestre, recusando-se a ceder. Outro relato diz como, quando chegou a hora de colocar vários objetos particularmente amados pelo falecido no caixão com o corpo, Hachikō pulou dentro do caixão e tentou resistir a todas as tentativas de removê-lo.

Mas é depois disso que a parte realmente triste da história começa. Depois que seu dono morreu, Hachikō foi enviado para viver com parentes do professor Ueno, que morava em Asakusa, no leste de Tóquio. Mas ele fugiu várias vezes e voltou para a casa em Shibuya, e quando um ano se passou e ele ainda não tinha se acostumado à sua nova casa, ele foi dado ao ex-jardineiro do Professor Ueno, que conhecia Hachi desde que ele era um filhote. Mas Hachikō fugiu daquela casa várias vezes também. Ao perceber que seu antigo mestre já não morava na casa em Shibuya, Hachikō ia todos os dias à estação de Shibuya, da mesma forma como ele sempre fazia, e esperou que ele voltasse para casa. Todo dia ele ia e procurava a figura do professor Ueno entre os passageiros, saindo somente quando as dores da fome o obrigavam. E ele fez isso dia após dia, ano após ano, em meio aos apressados passageiros. Hachikō esperava pelo retorno de seu dono e amigo.

A figura permanente do cão à espera de seu dono atraiu a atenção de alguns transeuntes. Muitos deles, frequentadores da estação de Shibuya, já haviam visto Hachikō e o professor Ueno indo e vindo diariamente no passado. Percebendo que o cão esperava em vão a volta de seu mestre, ficaram tocados e passaram então a trazer petiscos e comida para alivar sua vigília.

Por 10 anos contínuos Hachikō aparecia ao final da tarde, precisamente no momento de desembarque do trem na estação, na esperança de reencontrar-se com seu dono.

Hachikō finalmente começou a ser percebido pelas pessoas na estação de Shibuya. Naquele mesmo ano, um dos fiéis alunos de Ueno viu o cachorro na estação e o seguiu até a residência dos Kobayashi, onde conheceu a história da vida de Hachikō. Coincidentemente o aluno era um pesquisador da raça Akita, e logo após seu encontro com Hachikō, publicou um censo de Akitas no Japão. Na época haviam apenas 30 Akitas puro-sangue restantes no país, incluindo Hachikō da estação de Shibuya. O antigo aluno do Professor Ueno retornou frequentemente para visitar o cachorro e durante muitos anos publicou diversos artigos sobre a marcante lealdade de Hachikō.

Sua história foi enviada para o Asahi Shinbun, um dos principais jornais do país, que foi publicada em setembro de 1932. O escritor tinha interesse em Hachikō, e prontamente enviou fotografias e detalhes sobre ele para uma revista especializada em cães japoneses. Uma foto de Hachikō tinha também aparecido em uma enciclopédia sobre cães, publicada no exterior. No entanto, quando um grande jornal nacional assumiu a história de Hachikō, todo o povo japonês soube sobre ele e se tornou uma espécie de celebridade, uma sensação nacional. Sua devoção à memória de seu mestre impressionou o povo japonês e se tornou modelo de dedicação à memória da família. Pais e professores usavam Hachikō como exemplo para educar crianças.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dia do dentista

Comemora-se o Dia do Dentista em 25 de outubro porque nesta data, em 1884, foi assinado o decreto 9.311 que criou os primeiro cursos de graduação de odontologia do Brasil, no Rio de Janeiro e na Bahia. Uma portaria do Conselho Federal de Odontologia tornou a data oficial para a comemoração do Dia do Dentista Brasileiro.

domingo, 3 de outubro de 2010

Odontomóvel dará atendimento gratuito no Ibirapuera, em São Paulo

O Odontomóvel estará no Parque Ibirapuera, em São Paulo (SP), de 24 a 26 próximos, entre 8 e 17 horas, para atendimento gratuito à população. A unidade funciona como um consultório odontológico dentro de um caminhão, está equipada com tecnologia de última geração e capacitada a realizar desde simples restaurações a pequenas cirurgias. Durante a permanência do Odontomóvel no parque, frequentado por 70 mil pessoas aos sábados e 120 mil aos domingos, os interessados em se consultar com os CDs disponíveis no local receberão orientações profissionais, folhetos educativos sobre higiene bucal, além de produtos de patrocinadores do evento. Estudantes de Odontologia da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) auxiliarão a população, com instruções sobre cuidados com a saúde bucal.

O consultório odontológico itinerante foi idealizado pelo CD Cássio de Melo há dez anos e nesse período realizou cerca de 150 mil procedimentos, entre consultas, profilaxias, raspagens, restaurações, cirurgias e emergências. Tudo gratuito. Desde 2000, o Odontomóvel circulou por 417 mil quilômetros em 22 cidades brasileiras. A iniciativa conta atualmente com o apoio da Johnson & Johnson e da Ford do Brasil.

Usar piercing na língua entorta os dentes

Um estudo feito pela Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, indica que usar piercing na língua pode fazer com que os dentes da frente se entortem e tenham um espaço considerável entre eles. O motivo, de acordo com os pesquisadores, é o fato de os usuários forçarem a joia, principalmente as que tem formato de bastão, contra os dentes.
Sawsan Tabbaa, principal autor do estudo, diz que se trata de uma regra básica da ortodontia, segundo a qual esse tipo de força, com o tempo, faz com que os dentes se movam. Uma pesquisa anterior da universidade, feita com alunos de ensino médio da cidade, já havia indicado que os adolescentes com piercing na língua adquirem o hábito de tocar a parte de trás dos dentes com a joia e também colocá-la entre eles.

Os pesquisadores analisaram o caso de uma jovem de 26 anos que tinha um grande espaço entre seus dentes incisivos centrais - era comum que ela colocasse a "bolinha" do acessório entre os dentes. Ela, que usava um piercing há sete anos, não tinha esse problema antes da colocação do produto, diz o pesquisador.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Propaganda ofensiva aos cirurgiões-dentistas é retirada do ar

Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter recebido diversos e-mails de cirurgiões-dentistas e outros profissionais da área de Odontologia e uma reclamação formal do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP), o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, determinou que a propaganda sobre voto consciente, que traz a figura de um falso cirurgião-dentista comparado a um político “ficha-suja”, fosse retirada do ar.

A propaganda, cujo vídeo ainda está disponível no Youtube, mostra uma paciente que adormece aguardando atendimento e sonha que o dentista é procurado pela polícia por ter aplicado substâncias perigosas em seus pacientes. De acordo com nota emitida pelo CRO-SP: "Ao estigmatizar a figura do cirurgião-dentista como um profissional que provoca medo aos pacientes, a propaganda desestimula a busca dessas ações, por parte da sociedade. Os efeitos são especialmente nocivos entre a população infantil, causando prejuízos psicológicos em relação ao tratamento odontológico”.

De fato, a propaganda acabava causando um desconforto até em adultos, imagine em crianças. Isso sem contar que estudos científicos indicam que a odontofobia, ou seja, o medo de ir ao dentista, já atinge de 15% a 20% da população. O problema é tão sério que tem merecido destaque em diversos Congressos de Odontologia.

domingo, 22 de agosto de 2010

67% dos CDs ainda usam guias de papel

De acordo com a enquete do portal do CFO, mais da metade dos internautas afirmaram ainda usar guias de papel nas trocas de informação com os planos de saúde com quem mantêm convênios.

Ao total, foram 291 votos. A maioria dos participantes, 67%, respondeu que as trocas de dados com as operadoras de planos privados de assistência à saúde ainda são feitas através de guias de papel; 22% afirmaram usar guias eletrônicos e 11% informaram não possuir guias.

A troca de informações por meio eletrônico tornou-se obrigatória em 30 de novembro de 2008. O resultado da enquete do CFO, que ficou no ar durante um mês e meio, confirma o dado divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de que cerca da metade dessas trocas ainda é feita em guias de papel no segmento odontológico. A diferença é que na enquete do CFO o número foi maior que o divulgado pela ANS há oito meses: 67% contra 47,2%.

No entanto, para o conselheiro federal Benicio Mesquita a implantação da TISS é de “caráter irreversível”. Segundo Mesquita, que é um dos representantes do Conselho Federal de Odontologia junto ao Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar da ANS, a TISS é fundamental para uma melhor organização dos serviços prestados pela saúde suplementar.

Johnson & Johnson do Brasil lança enxaguatório bucal infantil

A higiene bucal é indispensável para a boa saúde das crianças, mas nem sempre educá-las em relação a isso é uma tarefa fácil para os pais. Pensando nisso, a Johnson & Johnson lança a linha infantil completa, Agente Cool BlueTM, composta pelo enxaguatório bucal LISTERINE e a escova e o fio dental REACH Johnson & Johnson.
Inédito no Brasil, o enxaguatório LISTERINE Agente Cool BlueTM auxilia e estimula as crianças a manterem a qualidade da saúde oral de forma prazerosa e divertida. O produto, que deve ser utilizado antes da escovação, pinta a placa bacteriana de azul, ajudando os pequenos a identificar as regiões que necessitam de um cuidado melhor.
Com sabor suave e agradável de menta glacial, em embalagem de 250ml, o novo enxaguatório infantil possui ainda uma válvula dosadora que mostra a quantidade ideal (10ml) para a realização do bochecho.
Para completar a higiene bucal do público infantil, a linha Agente Cool BlueTM, traz a escova de dente REACH® Johnson&Johnson com design moderno e diferenciado, disponível nas cores azul e rosa, além de fio dental com um saboroso gosto de tutti-frutti.
A partir de agora os papais e mamães poderão encontrar o produto em farmácias e supermercados de todo o país.

OMS anuncia fim da pandemia da Gripe H1N1

Vírus continua circulando no mundo, mas com comportamento similar ao da gripe comum. Conforme orientação, Ministério da Saúde manterá ações de monitoramento e prevenção

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou o início da fase pós-pandêmica da gripe H1N1. Isso significa que o vírus continua circulando no mundo, mas junto com outros vírus sazonais (da gripe comum) e em intensidade diferente entre os países.

Alguns deles, como Índia e Nova Zelândia, ainda têm apresentado epidemia pela gripe H1N1. De acordo com a OMS, o monitoramento epidemiológico mostrou que o vírus H1N1 não sofreu mutação para formas mais letais, a resistência ao antiviral fosfato de oseltamivir não se desenvolveu de forma importante e a vacina se mostrou uma medida
eficaz para proteger a população.

Essas evidências contribuíram para a decisão de mudar o nível de alerta para fase pós-pandêmica. No entanto, a OMS alerta que, mesmo com a mudança de nível, o monitoramento e as ações preventivas devem continuar, especialmente em relação aos grupos mais vulneráveis para desenvolver formas graves da doença, como gestantes, portadores de doenças crônicas e crianças menores de dois anos.


De 1º de janeiro a 31 de julho deste ano, foram confirmados 753 casos de pessoas com influenza pandêmica que precisaram de internação e 95 mortes. Em 2010, vem sendo observada intensa redução no número de casos graves e mortes pela doença desde março. A gripe H1N1 vem se mantendo em baixa atividade mesmo nos meses de julho e agosto, nos quais ocorre, todos os anos, aumento no número de casos de influenza e
pneumonias associadas.

Com o país ainda no inverno, a população deve ficar atenta, pois é nessa época do ano que costumam aumentar os casos de doenças respiratórias transmissíveis, como gripes e resfriados. A queda de temperatura, o ar mais seco e a maior concentração de pessoas
em ambientes fechados favorecem a circulação dos diversos tipos de vírus respiratórios, como os vírus influenza, que causam gripe.

No Brasil, o aumento de casos de gripe geralmente ocorre entre maio e outubro. Porém, esse período varia de acordo com a região. Por exemplo, enquanto no Norte a tendência de crescimento se inicia em janeiro, no Sul e Sudeste, que têm invernos mais rigorosos, os casos se concentram de junho a agosto.

Portanto, a população deve continuar com os hábitos de higiene (como lavar as mãos frequentemente e usar lenços descartáveis ao tossir e espirrar) e ter atenção especial com crianças, gestantes, portadores de algumas doenças crônicas e idosos. Ao surgirem sinais de gripe ouresfriado, como febre, tosse, dor de cabeça e nas articulações, as
pessoas não devem tomar remédios por conta própria (pois eles podem mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico) e devem procurar o serviço de saúde mais próximo.

Fonte: Ministério da Saúde

Enxaguante Bucal com carboidratos melhora desempenho de atletas


Um grupo de cientistas divulgou uma descoberta interessante. Atletas podem aprimorar seu desempenho em sessões intensas de exercícios em cerca de uma hora, simplesmente enxaguando a boca com uma solução de carboidratos.

Contudo, devem ser usados carboidratos de verdade. Os cientistas usaram uma solução de água e um derivado de amido sem sabor, chamado maltodextrina. Os adoçantes artificiais não surtiram efeito. Os cientistas acreditam ter descoberto como isso funciona. Parece que o cérebro consegue sentir carboidratos na boca, mesmo aqueles sem sabor. Os sensores são diferentes daqueles para o doce, e estimulam o cérebro a responder, incitando o atleta.

Muitos atletas dependem de bebidas açucaradas para mantê-los em movimento. Porém, muitas vezes, quando o sangue é desviado do estômago para os músculos trabalhando durante exercícios intensos, bebidas ou alimentos causam cãibras estomacais. Assim, um enxaguante de carboidratos pode ser uma forma de obter o mesmo efeito.

A descoberta teve início com algumas revelações intrigantes, na década de 1990. Até então, cientistas do exercício pensavam saber por que era indicado comer ou beber carboidratos durante um evento de longa duração, como uma maratona. Os músculos podem usar seu glicogênio, a forma de armazenamento da glicose, durante sessões longas de exercícios. Porém, se os atletas consomem carboidratos, eles podem proporcionar uma nova fonte de combustível para seus músculos famintos.

Essa teoria previa que os carboidratos não surtiriam efeito de desempenho em corridas mais curtas, de uma hora ou menos. Os músculos não conseguiriam esgotar seu glicogênio tão rápido, e quando o corpo metabolizasse os carboidratos pelo combustível, a corrida já estaria quase terminada. Apareceram, então, um punhado de estudos mostrando que os carboidratos davam resultado em sessões mais curtas de exercícios. Atletas, muitas vezes ciclistas treinados, pedalavam com mais força e velocidade por uma hora após tomarem ou uma bebida contendo carboidratos, ou uma que tinha o mesmo sabor mas continha um adoçante artificial.

Em sessões intensas de exercícios durando mais de meia hora, os atletas eram capazes de atingir maiores velocidades ou manter o exercício por mais tempo quando haviam bebido a solução com carboidratos. Seu desempenho melhorava até 14%.

Isso não fazia sentido. Poderia o corpo, de alguma forma, metabolizar os carboidratos nas bebidas e colocá-los em uso em tão pouco tempo? Será que os músculos chegavam a precisar de carboidratos em sessões tão curtas de exercícios?

Asker Jeukendrup, fisiologista de exercícios da Universidade de Birmingham, e colegas, resolveram testar essa ideia. Eles estavam entre os primeiros pesquisadores a descobrir um efeito de carboidratos em ciclistas pedalando por uma hora, e haviam ficado intrigados a respeito do motivo para isso acontecer.

Assim, eles deram a ciclistas profissionais infusões intravenosas de glicose ou, como grupo de controle, intravenosas de água com sal, antes de pedir-lhes que pedalassem o mais rápido que pudessem por aproximadamente 24 milhas -ou 38 km-, cerca de uma hora. A glicose intravenosa significava que os atletas tinham grandes quantidades de açúcar disponível instantaneamente sem a necessidade de digestão. Mas isso não teve efeito em seu desempenho .

Em seguida, tentaram o que parecia ser uma ideia louca. Eles pediram que os ciclistas fizessem o mesmo percurso, mas que antes enxaguassem a boca com a solução de maltodextrina (ou, como controle, com água). "Os resultados foram incríveis", escreveram os pesquisadores. Enxaguar a boca com carboidratos surtia o mesmo efeito que bebê-los.

Neurocientistas descobriram que cérebros de roedores, pelo menos, respondiam a carboidratos em suas bocas independentemente de sua resposta ao doce. São os carboidratos que importam, e por isso os adoçantes artificiais não estimulam esses caminhos que levam da boca ao cérebro.

E o enxágue é válido para a maioria dos atletas? Scott J. Montain, pesquisador de exercícios do Instituto de Pesquisa em Medicina Ambiental do Exército dos EUA, acha que não. Ele diz que o efeito é real, mas acrescentou que "competidores de resistência se sairão melhor simplesmente consumindo as calorias". Dessa forma eles obtêm o combustível de verdade, em vez de "bochechar e dispensar um cuspe caro e pegajoso".

Jeukendrup e Bridge, porém, dizem usar eles mesmos o truque do enxaguante bucal. "Você percebe um benefício", disse Bridge. Mas ele aponta que, num estudo, os atletas não sabem se estão recebendo carboidratos ou não. "Quando você sabe que o está tomando", explicou, "então há uma chance de ocorrer o efeito placebo".

Fonte: Folha OnLine

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mercado de Trabalho : ODONTOLOGIA


Como a maior parte das faculdades de Odontologia está localizada no Sudeste, a concorrência é acirrada. Por outro lado, há áreas no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste com carência desse especialista, o que sinaliza a má distribuição de cirurgiões-dentistas pelo país. O setor público é um grande empregador. O Programa Brasil Sorridente, lançado em 2004, foi a primeira política nacional de saúde bucal implantada pelo governo federal no país. Segundo o Ministério da Saúde, o número de equipes de saúde bucal, formadas por cirurgiões-dentistas e profissionais auxiliares, pulou de 4.261, em 2002, para 16.756, em maio de 2008. O programa propiciou a criação de 1.159 consultórios odontológicos, 551 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e 310 Laboratórios de Prótese Dentária. Abrir um consultório exige grande investimento e o retorno é demorado, por isso muitos recém-formados prestam concurso público ou trabalham como funcionário em clínicas odontológicas, principalmente nas populares. Para quem é autônomo, as áreas mais aquecidas são a dentística restauradora, a endodontia, a odontopediatria e a implantodontia. Nesses casos, as capitais e as grandes cidades são os melhores mercados. Com o envelhecimento da população, a odontogeriatria apresenta boas perspectivas.

Veja mais no GUIA DO ESTUDANTE

terça-feira, 27 de julho de 2010

Dentistas de todo o planeta vêm ao Brasil para discutir os rumos da saúde bucal

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil crianças de 12 anos de idade têm média de 2,8 dentes cariados, perdidos ou obturados. O problema se repete em diversos países: dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 60% da população infantil mundial têm cárie. É nesse contexto local e global que o Brasil recebe a comunidade odontológica internacional entre os próximos dias 2 e 5 de setembro, em Salvador (BA), quando o país sedia a edição de 2010 do Congresso Anual Mundial da Federação Dentária Internacional (FDI’2010).

A epidemia global de cárie é um dos principais assuntos abordados pela programação do evento, cujo tema é Saúde Oral para Todos: Desafios Locais, Soluções Globais. Numa série de atividades científicas, a doença será investigada como um desafio persistente e que demanda soluções urgentes: ainda segundo o Ministério da Saúde, na adolescência a média de dentes cariados, perdidos ou obturados sobe para 6,2, chegando a 20,1 entre adultos e 27,8 nos idosos. Entre as estratégias que serão apresentadas e discutidas no FDI’2010 estão o planejamento de recursos humanos odontológicos, o aumento da conscientização do cirurgião-dentista em relação ao cuidado e ao controle da cárie e a ampla aplicação de políticas públicas como a fluoretação de águas de abastecimento.


Incidência de cárie (Fonte: Atlas da Saúde Bucal/FDI)


Os motivos da persistência do problema também serão avaliados. Em 1981, a OMS e a FDI formularam metas para a saúde bucal no mundo, que deveriam ser atingidas até o ano 2000. Segundo essas metas, 85% da população deveriam ter todos os seus dentes aos 18 anos de idade. No Brasil, conhecido outrora como uma nação de desdentados, já se extrai menos três milhões de dentes por ano. Isso se deve, em parte, à recente adoção de políticas públicas específicas para a saúde bucal, mas o Brasil ainda sofre de má distribuição de recursos humanos e materiais em odontologia e de uma série de outros problemas que ainda se impõem à ampla promoção da saúde bucal em todo o território.

Multidisciplinar e socialmente consciente – A programação científica do FDI’2010 conta com mais de 150 atividades desenvolvidas por especialistas de todos os continentes, e são distribuídas em quatro grandes áreas: promoção de saúde e como o cirurgião-dentista pode colaborar com ela, com destaque para o entendimento das doenças que ocorrem regional e mundialmente e em como enfrentá-las; tecnologia e clínica odontológicas, principais inovações, materiais e técnicas cirúrgicas, entre outros; perspectivas e futuro da ciência, abordando também o que vai mudar no atendimento do paciente; e odontologia integrada a outras áreas da saúde.

As grandes questões da saúde bucal ao redor do mundo também serão discutidas no Parlamento Mundial da Odontologia, espaço do FDI’2010 destinado a reuniões de associações odontológicas de mais de 140 países que compõem a FDI – entre elas a Associação Brasileira de Odontologia (ABO), que tem a maior representatividade – para debater e definir os rumos da odontologia mundial, através de fóruns abertos e reuniões das Assembleias Gerais da entidade.

SERVIÇO

FDI’2010 - Congresso Anual Mundial de Odontologia da FDI - Tema: Saúde Oral para Todos: Desafios Locais, Soluções Globais
Data: 2 a 5 de setembro de 2010
Local: Centro de Convenções da Bahia, Salvador (BA)
Programação científica com 150 atividades multidisciplinares realizadas por especialistas de todos os continentes
Exposição da indústria mundial com cerca de 300 expositores de todo o planeta apresentando os avanços tecnológicos da odontologia, novos equipamentos e produtos para as mais variadas finalidades
Parlamento com cerca de 350 representantes das associações que integram a FDI, vindas de mais de 140 países, e dezenas de reuniões de comissões, estabelecendo a direção estratégica da organização e adotando as declarações de política da entidade mundial, que influenciam as várias especialidades do mundo da odontologia

O que é a FDI – Entidade máxima da odontologia mundial, a FDI reúne 1 milhão de cirurgiões-dentistas de todo o mundo, representados por 140 entidades, e, através de seus diversos fóruns, exerce influência na promoção da saúde bucal em todas as populações. Para a edição de 2010 do seu Congresso Anual Mundial, a entidade escolheu como sede a cidade de Salvador (BA), evidenciando a relevância que o Brasil tem internacionalmente e oferecendo aos profissionais da odontologia brasileira oportunidades de interação com a comunidade internacional.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Saúde regulamenta atendimento odontológico hospitalar




O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, vai assinar, no dia 21 de junho, uma portaria que regulamenta o atendimento odontológico hospitalar. O coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca Jr., explica que, com a medida, passa a ser mais bem definido o atendimento do paciente com necessidades especiais, por exemplo, e que deve ser realizado em hospitais, por conta do condicionamento necessário.

A assinatura da portaria será feita numa cerimônia aberta e deve contar com a presença de representantes de entidades odontológicas, inclusive as da Rede ABO. O evento acontece às 15h00, no Auditório Central do Ministério da Saúde, em Brasília.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Aumento na cobertura dos planos odontológicos pode ser prejudicial para a população e para os CDs

A partir de 7 de junho deste ano, os planos de saúde terão que oferecer 70 novas coberturas médicas e odontológicas aos seus cerca de 44 milhões de beneficiários. É isso o que determina a Resolução Normativa nº 211, publicada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 12 de janeiro deste ano, no Diário Oficial da União. A determinação é válida para os contratos fechados a partir de 2 de janeiro de 1999.

Entre os procedimentos odontológicos que passam a ser obrigatoriamente cobertos a partir de junho próximo estão: reabilitação com coroa; exame radiográfico panorâmico da mandíbula/maxila; remoção de pequenos cistos da mandíbula ou maxila; e punção com agulha fina e coleta de raspado em lesões ou áreas específicas da região bucomaxilofacial.

Para a ABO, embora em um primeiro momento pareça beneficiar a população, a medida pode trazer consequências ruins. “Com a ampliação do rol mínimo de procedimentos, as mensalidades dos planos mais básicos devem subir, impedindo que muitos usuários das classes C e D continuem tendo acesso a esse serviço”, explica o presidente nacional da entidade, Newton Miranda de Carvalho.

O dirigente também destaca que o valor que o cirurgião-dentista recebe do plano vai continuar defasado, embora ele tenha que realizar a partir de agora procedimentos que lhe custam mais caro, como a colocação de próteses. “Com isso, o profissional trabalhará desmotivado, podendo se recusar a realizar determinados procedimentos, ou até abandonar o plano.”

Outras mudanças - Na área médica e hospitalar, também estão inclusos na lista mínima de procedimentos oferecidos o transplante heterólogo (de uma pessoa para outra) de medula óssea, PET-Scan (exame por imagem) para diagnóstico de câncer de pulmão, implante de marcapasso multissítio, teste do reflexo vermelho em recém-nascido ou para prevenção de perda da visão e mais de 20 tipos de cirurgias torácicas por vídeo, entre outros.

Além dos novos procedimentos, as novas regras ampliam o atendimento ao consumidor, obrigando, por exemplo, a cobertura pelos planos coletivos aos acidentes de trabalho e aos procedimentos de saúde ocupacional. Também fica determinada a cobertura integral, com medicamentos e todos os materiais necessários, nos casos em que as operadoras ofereçam internação domiciliar como alternativa à internação hospitalar, independentemente de previsão contratual.

Mais informações : www.ans.gov.br

Perfil Atual e Tendências do Cirurgião-Dentista



Ministério da Saúde amplia oferta de próteses dentárias no Brasil



O Ministério da Saúde credenciou 203 novos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD) em todo o país. É uma ampliação de 62% na quantidade de unidades que produzem próteses. Os investimentos para esse serviço mais que duplicaram – em 2010, o recurso destinado aos laboratórios será de R$ 24,3 milhões. A expectativa é elevar a produção para 382 mil próteses por ano, feitas no Sistema Único de Saúde (SUS).

Até 2005, não havia laboratório de prótese no sistema público. Atualmente, com os novos laboratórios credenciados, estão em funcionamento 530 unidades em todo o Brasil. “Trata-se de uma expansão histórica da Política Nacional de Saúde Bucal, que completa seis anos em 2010”, destaca o coordenador de Saúde Bucal do MS, Gilberto Pucca. A ampliação do serviço é mais um passo no sentido de cumprir a meta do governo de praticamente universalizar o acesso às próteses dentárias nos próximos dez anos no Brasil.

“Ter uma dentição adequada e acesso aos tratamentos é uma questão de cidadania. Vamos supor uma pessoa que queira ser recepcionista, mas que não tem dentes na boca. No mercado de trabalho competitivo de hoje, essa pessoa não conseguiria emprego”, argumenta o coordenador. Ao todo, 24 unidades da federação possuem unidades credenciadas para produzir as próteses. São Paulo, Paraná e Paraíba são os estados com maior número de laboratórios.

A verba para que os laboratórios passem a produzir próteses dentárias foi liberada desde março pelo Ministério, diretamente para as secretarias estaduais e municipais de saúde. Os recursos são liberados de acordo com a estrutura e com a capacidade de produção de cada LRPD e podem variar de R$ 3 mil a R$ 12 mil ao mês.

Os municípios são os responsáveis por definir os critérios de planejamento e de seleção dos pacientes que vão receber as próteses – que podem ser totais, parciais, ou até mesmo de um único dente. Entre 2003 e 2009, mais de três milhões de dentes deixaram de ser extraídos da população usuária do SUS. Em média são 400 mil dentes conservados por ano. Além de ampliar o acesso a serviços odontológicos especializados no SUS e reduzir o número de desdentados no país, a instalação dos novos laboratórios também vai permitir a contratação de mais dentistas e protéticos no serviço público.

Dentistas vão às urnas em todo o estado de São Paulo

APCDs de todo o estado de São Paulo realizam eleições nesta quarta-feira, dia 26 de maio. Confira os candidatos, clicando aqui

segunda-feira, 15 de março de 2010

Número de dentistas no SUS cresce 49%

O número de dentistas ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu 49% entre 2002 e 2009, de 40.205 para 59.958. São profissionais que atuam nos serviços públicos, incluindo dentistas com tempo integral ou parcial na rede pública e nas equipes de saúde bucal, professores do ensino superior público com dedicação exclusiva. Os dados fazem parte do estudo sobre o perfil do cirurgião-dentista brasileiro, realizado pela Estação da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP) da Rede de Observatório de Recursos Humanos em Saúde do Brasil, vinculada ao Ministério da Saúde.

Para o coordenador nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, o investimento no Programa Brasil Sorridente, criado em 2004, e a consequente expansão dos serviços públicos na área de odontologia foram fundamentais para essa mudança no quadro de profissionais. “É a primeira vez que o Brasil tem uma política nacional de saúde bucal articulada com o SUS. Aumentamos em mais de 100% o financiamento para essas ações. A saúde bucal é inseparável da saúde da população e, hoje, é o SUS que garante atendimento odontológico à maior parte da população”, afirma o coordenador.

Diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde e uma das autoras da pesquisa, Ana Estela Haddad afirma que o fato de quase um terço dos dentistas ter vínculo público traz um novo desafio para a formação dos profissionais. “A reorientação da formação profissional é uma necessidade que vem sendo enfrentada pelo Ministério da Saúde por meio de programas como o Pró-Saúde e o PET Saúde”, ressalta Ana Estela. As iniciativas do Ministério buscam integrar o ensino à prática profissional no SUS.

Gilberto Pucca observa, ainda, que a oferta de tratamento dental na rede pública de saúde aumenta as possibilidades de inserção da população no mercado de trabalho. “Num país com o mercado altamente competitivo como o nosso, não ter saúde bucal poder ser uma restrição, principalmente entre profissões que lidam diretamente com o público, devido à questão estética”, diz o coordenador.

CRESCIMENTO - Entre 2002 e 2009, o número de Equipes de Saúde Bucal (ESB) passou de 4.261 para 18.982, um aumento de 345,5%. Cada equipe é formada por, pelo menos, um dentista e um auxiliar de consultório. Esses profissionais estão aptos a fazer restaurações, aplicação de flúor, resinas e próteses dentárias gratuitas, entre outros procedimentos.

As Equipes de Saúde Bucal atuam, hoje, em 4.117 municípios, o equivalente a 84,8% das cidades brasileiras. Em 2002, o número era de 2.302 ou 41,4% do total de municípios. Com o aumento na quantidade de equipes e de profissionais, a cobertura do Programa Brasil Sorridente passou de 26,1 milhões para 91,3 milhões de pessoas entre 2002 e 2009, um aumento de 250%.

O número de Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), por sua vez, cresceu 708% entre 2004 e 2009, de 100 para 808. Os CEOs oferecem tratamento de canal e de gengiva, atendimento a pacientes com necessidades especiais e diagnóstico de câncer bucal, entre outras especialidades. Eles complementam o trabalho das Equipes de Saúde Bucal, responsáveis pelo primeiro atendimento.

PRIMEIRO EMPREGO – De acordo com a pesquisa, 68% dos profissionais que atuam no Programa Saúde da Família e nas Equipes de Saúde Bucal (ESB) têm menos de quarenta anos de idade. Um terço tem menos de 30 anos, o que caracteriza uma força de trabalho bastante jovem. Em relação à escolaridade, 92% dos dentistas nas ESB têm apenas graduação. A análise das informações sobre idade e formação acadêmica permite concluir que o SUS é uma oportunidade de primeiro emprego para os dentistas. “Um dos marcos do atual governo é a inclusão da odontologia no SUS. Agora, temos o desafio de qualificar, promover a educação permanente e estimular o desenvolvimento profissional das equipes”, complementa Ana Estela Haddad.

Ela destaca o papel da Universidade Aberta do SUS (UNASUS) na formação acadêmica desses profissionais. Atualmente, entre médicos, enfermeiros e dentistas, cerca de 4 mil pessoas estão cursando a Especialização em Saúde da Família a distância ofertada pelo programa.

Os dados do levantamento foram extraídos de bancos de dados que possuem informações sobre os cerca de 220 mil dentistas registrados no Conselho Federal de Odontologia (CFO). Além desse órgão, participaram do estudo a Associação Brasileira de Odontologia (ABO Nacional), a Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO) e a Associação Paulista de Cirurgiões-dentistas (APCD), entre outras entidades. (Ministério da Saúde)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Saúde libera R$ 3,7 milhões para atendimento odontológico especializado

O Ministério da Saúde vai ampliar o atendimento de saúde bucal na rede pública. Portaria publicada no Diário Oficial da União destina R$ 3,7 milhões por ano para a manutenção de 38 novos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) em 13 diferentes estados do país (veja quadro). O governo federal já havia liberado R$ 1,8 milhão para a construção das unidades. Com a ampliação, o número de CEOs passa para 809 em todo o Brasil, crescimento de 709% em relação a 2004, quando havia 100 unidades.

O coordenador Nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca, explica que os centros complementam o trabalho das equipes de saúde bucal, responsáveis pelo primeiro atendimento e acompanhamento da população. “Antes, quem precisava de tratamento especializado tinha de pagar um dentista particular. Com a ampliação, permitimos a oferta de todos os cuidados, desde os básicos até os avançados, pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou o coordenador ao site do Ministério da Saúde.

É nos CEOs que os pacientes encaminhados pela rede de atenção básica podem receber tratamento especializado. Realização de canais, diagnósticos de câncer e tratamentos de gengiva são alguns dos atendimentos feitos nesses centros.

As intervenções mais simples, como remoção de tártaro, restauração ou extração simples, são de responsabilidade das Equipes de Saúde Bucal, que fazem parte da Estratégia Saúde da Família. No Brasil, há 18.902 Equipes de Saúde Bucal em atuação, responsáveis pela cobertura 68,8% da população. No total, 4.699 municípios do país dispõem desse serviço.

Crescimento - O número de procedimentos odontológicos especializados no SUS cresceu 250% entre 2003 e 2008. Em 2003, foram 5 milhões de procedimentos no SUS - o equivalente a 3,3% dos tratamentos odontológicos especializados. Em 2008, esse número passou para 17,5 milhões, ou 11,5% do total.

Os avanços têm impacto direto na saúde bucal da população. Dados do Ministério da Saúde revelam que cerca de 400 mil dentes deixam de ser arrancados anualmente por conta do aumento da cobertura do Programa Brasil Sorridente. Desde 2003, um ano antes do lançamento da política, até setembro de 2009, 3 milhões de dentes deixaram de ser extraídos na população usuária do SUS.

Programa - A Política Nacional de Saúde Bucal (Brasil Sorridente) foi lançada em março de 2004 para garantir as ações de promoção, prevenção, recuperação e manutenção da saúde bucal dos brasileiros. Articulada a outras políticas públicas de saúde, ela apresenta como principais linhas de ação a reorganização da Atenção Básica (especialmente por meio da Equipes de Saúde Bucal da Estratégia Saúde da Família), da Atenção Especializada (por meio da implantação de Centros de Especialidades Odontológicas e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias) e a adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento público. Dois anos antes da criação da Política, em 2002, o Ministério da Saúde começou a implantar equipes de saúde bucal.

ESTADOS BENEFICIADOS COM NOVOS CEOs
Alagoas – 1 Centro
Amazonas – 3 Centro
Bahia – 6 Centros
Ceará – 6 Centros
Mato Grosso – 1 Centro
Pará – 2 Centros
Pernambuco – 4 Centros
Piauí – 1 Centro
Paraná – 1 Centro
Rio de Janeiro – 2 Centros
Rio Grande do Sul – 1 Centro
Santa Catarina – 3 Centros
São Paulo – 7 Centros

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Hitler tinha mau hálito e medo de dentista, diz estudo


Adolf Hitler tinha medo de dentista, halitose (mau hálito) e se alimentava muito mal, revela um estudo baseado nas anotações do homem que cuidava dos dentes do ditador alemão, o general da SS nazista Johannes Blaschke.

As conclusões estão em "O Dentista do Diabo", trabalho de doutorado de Menevse Deprem-Hennen. Em declarações ao periódico alemão "Bild am Sonntag", o especialista explica que o estudo teve base em uma série de relatórios que durante anos estavam perdidos.

"É muito provável que Hitler sofresse de uma forte halitose", conta Deprem-Hennen, que diz ainda que o ditador nazista comia mal e sofria de doença periodontal, que atinge a gengiva e a sustentação dos dentes.

"É provável também que, como muitas pessoas, Hitler tivesse medo do dentista", afirma o especialista, que tira essa conclusão pelo fato de, em vez de fazer um tratamento de canal em uma ou duas sessões, o "Fuehrer" ter precisado chamar Johannes Blaschke até oito vezes.

Fonte: com informações da Efe, em Berlim

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Câncer de boca: em 2010 haverá 14.120 novos casos



O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que haverá 14.120 novos casos de câncer de boca em 2010, sendo 10.330 em homens e 3.790 em mulheres. De acordo com o instituto, em 2007, a doença causou 6.064 mortes, acometendo 4.814 homens e 1.250 mulheres.

Segundo informações instituto, o fumo e o álcool são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer da boca. Pessoas que fumam e consomem bebidas alcoólicas excessivamente têm maior risco de desenvolver a doença. O risco aumenta quanto maior for o número de cigarros e de doses de bebidas consumidos.

IBGE – No Dia Nacional de Combate ao Câncer, 27 de novembro, o IBGE divulgou informações nacionais sobre o tabagismo. Dos cerca de 25 milhões de brasileiros que fumam, 52,1% pensam em parar. As informações constam da Pesquisa Especial sobre Tabagismo (Petab), apresentada no dia 27/11. A Petab, realizada pelo IBGE, com apoio do Instituto Nacional de Câncer, foi incluída, pela primeira vez, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008.

De acordo com os resultados da pesquisa, o total de fumantes corresponde a 17,2% da população acima de 15 anos. Os percentuais de fumantes são maiores entre os homens (21,6%), entre as pessoas de 45 a 64 anos de idade (22,7%), entre os moradores da região Sul (19,0%), os que vivem na área rural (20,4%), os menos escolarizados (25,7% entre os sem instrução ou com menos de um ano de estudo) e os de menor renda (19,9% entre os sem rendimento ou com menos de um quarto de salário mínimo).

A Petab, com 91 perguntas, foi aplicada em 50 mil domicílios. O questionário é o mesmo aplicado em outros 13 países, como parte Inquérito Global de Tabagismo (GATS), iniciativa da Organização Mundial da Saúde.

A região Sul tem o maior percentual de fumantes (19,0%). Os menores índices foram encontrados no Centro-Oeste (16,6%) e no Sudeste (16,7%). Entre os homens fumantes, os maiores percentuais estão no Nordeste (22,9% ou 4,2 milhões de pessoas) e no Sul (22,5% ou 2,3 milhões); já entre as mulheres, estão no Sul (15,9%) e Sudeste (13,3%).

Por estado, os maiores percentuais de fumantes foram encontrados no Acre (22,1%), Rio Grande do Sul (20,7%) e Paraíba (20,2%), e os menores, no Amazonas (13,9%), Distrito Federal (13,4%) e Sergipe (13,1%).

Estimativa 2010 – O Inca também lançou na semana de comemoração do Dia Nacional de Combate ao Câncer a estimativa 2010: Incidência de Câncer no Brasil. A publicação traz informações detalhadas e por região dos tipos de câncer mais incidentes no Brasil.

Mais informações: www.inca.gov.br

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Fixador de próteses dentárias é suspenso

A empresa GlaxoSmithKline (GSK) enviou um comunicado nesta quinta-feira (18) para anunciar que, por medida de precaução, decidiu interromper o fornecimento de seu fixador de próteses dentárias contendo zinco, o “Ultra Corega Selante Anti-Partículas”. A medida foi tomada de forma voluntária após a publicação de estudos que apontaram os potenciais riscos do uso excessivo e prolongado da substância.

Os fixadores de prótese da marca que não contêm zinco (Ultra Corega Creme Fixador de Dentaduras, Corega Fita Adesiva, Ultra Corega Pó, Super Corega Pó e Corega Pó Fixador) continuam sendo normalmente comercializados em todo o mundo, segundo o comunicado.

Embora o zinco faça parte essencial da dieta alimentar, há indícios de que o consumo excessivo de fixadores de próteses contendo zinco, ao longo dos anos, pode levar ao desenvolvimento de sintomas neurológicos como dormência, formigamento ou fraqueza nos braços e pernas, dificuldade para caminhar e de equilíbrio, e problemas sanguíneos como anemia.

Os relatos, de acordo com a empresa, são raros. “Se algum usuário tiver preocupação de ter usado produto em excesso, deve interromper o uso, consultar seu médico e usar uma alternativa sem zinco. O uso de quantidade excessiva de fixador pode ser um sinal de próteses mal adaptadas.

Os usuários devem consultar seu dentista regularmente para verificar o ajuste de suas próteses”, informa Howard Marsh, médico-chefe da GSK. No Brasil, o produto é comercializado há um ano e não há relatos de eventos adversos associados ao seu uso.Consumidores podem tirar dúvidas nos números 0800 0211529 ou 0800 0266001 e buscar informações complementares no site www.gsk.com.br.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Brasil é o país com o maior número de dentistas


No Brasil, estão 19% dos dentistas do mundo. O dado é do livro "Perfil Atual e Tendência do Cirurgião-Dentista Brasileiro", que foi lançado ontem no 28º Ciosp (Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo). Realizado no Anhembi, em São Paulo, o congresso, que termina hoje, foi promovido pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas.

Segundo Maria Celeste Morita, professora da Universidade Estadual de Londrina e uma das autoras do livro, o Brasil é o país com a maior quantidade de profissionais de odontologia do mundo em números absolutos: são 219.575 profissionais cadastrados. "O "Atlas Global de Odontologia", publicado em 2009 pela Federação Dentária Internacional, estima pouco mais de um milhão de dentistas no mundo. De todos os países incluídos no Atlas, o Brasil é o que tem o maior número de profissionais", diz Morita.

Mas o recorde em número de dentistas ainda não se reflete no acesso de boa parte da população aos serviços odontológicos. "Embora nos últimos anos a odontologia esteja se incluindo de forma mais representativa nas políticas públicas de saúde, ainda há muita desigualdade", afirma Ana Estela Haddad, da Secretaria da Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério do Trabalho. Haddad também assina o livro, com Morita e com Maria Ercília de Araújo, do Observatório de Recursos Humanos em Odontologia.

A dificuldade de acesso a esse enorme contingente de profissionais é, segundo Haddad, explicada por uma soma de fatores. Um deles aparece nos dados levantados para o livro: 59% dos dentistas estão na região Sudeste e três Estados concentram 57% deles --cerca de 33% estão em São Paulo, enquanto Minas Gerais e Rio de Janeiro têm, cada um, aproximadamente 12% dos dentistas.

Além da distribuição regional, Haddad acredita que outros dois fatores expliquem o menor acesso de camadas da população aos serviços odontológicos. "A inserção do dentista nas políticas públicas de saúde é algo recente. Além disso, conforme constatamos no livro, 2/3 dos dentistas trabalham como autônomos, em atendimentos particulares. Isso representa um custo que algumas parcelas da população não podem pagar", diz Haddad.

Fonte: Folha de S.Paulo

Negócios: A dentista de R$ 100 milhões



Quando decidiu montar seu próprio negócio, há quinze anos, a dentista Carla Sarni se viu obrigada a optar por instalações modestas. Localizado na Vila Cisper, na zona leste de São Paulo, seu primeiro consultório odontológico ficava na sobreloja de uma padaria. Havia duas cadeiras para atender os pacientes: uma cuja altura era ajustada por manivela e outra comprada em prestações por sua avó. A mobília da recepção era espartana, com alguns banquinhos de madeira e um ventilador. "Foi o que consegui pagar naquele momento", diz Carla. "Eu era recém-formada e só tinha no bolso as economias de alguns meses de trabalho." A empresária não sabia, mas, ao abrir a sua clínica na periferia, estava começando a se beneficiar de um dos maiores fenômenos do capitalismo do Brasil: a ascensão da classe C.
Hoje, aos 36 anos, Carla comanda a rede de franquias Sorridents, a maior em número de consultórios odontológicos do País, com 112 pontos de atendimento em oito Estados e faturamento de R$ 100 milhões.
Recentemente, a história da empreendedora e sua cadeia de consultórios populares passou a atrair a atenção dos investidores - e alterou profundamente a rotina da empresa. "Temos recebido a visita de alguns fundos de investimento nacionais e estrangeiros e estamos estudando a possibilidade de atrair um sócio", diz Carla.
Como parte dos preparativos para a capitalização, Carla tem se esforçado para sofisticar os processos da empresa. Uma das primeiras iniciativas foi na área financeira. De um ano para cá, a Sorridents terceirizou a contabilidade e contratou seu primeiro controller - uma espécie de gerente do fluxo de valores das empresas. Depois dessas mudanças, o termo "margem Ebitda", um indicador de rentabilidade, passou a ser usado pela primeira vez e os investimentos começaram a ser separados das despesas nos balanços.
Em outra frente, a Sorridents aprimorou seu sistema de informática de modo a conseguir informações mais detalhadas sobre o fluxo de caixa. Desde 2007, a empresa consegue medir com precisão o gasto médio dos pacientes, a rentabilidade de cada serviço e a trajetória detalhada dos clientes.
Nem todas as medidas, porém, deram certo. Em meados do ano passado, Carla decidiu dar o passo definitivo de qualquer empresa que busca um fundo como sócio: profissionalizar a gestão. O executivo George Washington Mauro, ex-diretor do Grupo Pão de Açúcar e sócio da consultoria de headhunting Odgers Berndtson, foi contratado para assumir a presidência da Sorridents no lugar de Carla. Seis meses depois, porém, Mauro está de saída. "A vinda dele acabou pesando demais no nosso caixa. Demos um passo maior do que poderíamos", diz Cleber Soares, vice-presidente da empresa e marido de Carla. Pelo menos por enquanto, a gestão permanecerá nas mãos do casal.
O modelo de negócios que permitiu a expansão da Sorridents na classe C se apoia na flexibilidade de pagamento. Quase 30% das vendas são realizadas em um esquema semelhante ao pré-pago: o cliente paga o que puder, em dinheiro, à medida em que o tratamento é realizado. Desse modo, serviços que poderiam ser concluídos em semanas chegam a levar até um ano.
Outra forma de financiamento é por meio de boletos bancários. Trata-se de um modelo usado por quase 15% dos pacientes que usam aparelhos ortodônticos e precisam fazer manutenção mensal. Como as consultas só são realizadas com os pagamentos em dia, os clientes acabam cumprindo as parcelas para continuar o tratamento.
A maior parte dos clientes, porém, paga parcelado por meio de cartões de crédito ou em até 12 vezes no cheque. "A classe C já compra TV de plasma e carro financiados. Por que não um sorriso?", diz Soares.
Embora a maior parte dos pontos de atendimento da Sorridents esteja localizada em bairros de periferia, é um equívoco imaginar que as clínicas são ambientes descuidados. Ao contrário do primeiro consultório de Carla, os atuais são bem iluminados e decorados, e os insumos utilizados obedecem a rigorosos padrões de qualidade.
O aparente paradoxo - entre a qualidade do atendimento e sua acessibilidade - pode ser explicado por uma decisão tomada há dez anos. Na época, a Sorridents parou de receber pacientes de planos odontológicos a fim de se concentrar nos atendimentos particulares, com margens mais altas. "Os planos ficam com fatias que vão de 50% a 70% da receita dos nossos procedimentos", diz o dono de um consultório concorrente que não quis ser identificado.
A distância dos planos odontológicos é uma das explicações para o crescimento da Sorridents, mas é possível que se torne um de seus grandes problemas daqui para a frente. O fato é que o processo de consolidação dos planos nos últimos anos criou um fenômeno grande demais para ser ignorado. Hoje, 11 milhões de brasileiros possuem planos odontológicos - um segmento que cresce a uma taxa de 19% ao ano, contra 5% dos planos de saúde em geral. O negócio passou a atrair a atenção de empresas como o Bradesco, que se associou à operadora Odontoprev no ano passado, e o GP Investimentos, maior fundo de private equity do País, controlador da operadora Tempo Participações. Segundo executivos do setor, o Banco do Brasil, que ainda não tem presença nesse mercado, busca alvos para aquisições.
"Sabemos que o setor caminha para a direção dos planos, mas também não podemos deixar a qualidade de lado", diz Carla. Para não perder espaço, a Sorridents já cogita se associar a operadoras que permitam margens maiores e também pretende criar seu próprio plano odontológico. Nesse caso, a empresa terá de concorrer com gigantes com maior poder de investimento, canais de distribuição consolidados e contato mais próximo com as empresas, as grandes compradoras de planos. Ou seja, a Sorridents terá de se esforçar para oferecer planos a preços competitivos - e não perder a preferência dos consumidores que a fizeram chegar até aqui

Fonte: Assessoria de imprensa

Cérebro só consegue administrar 150 amigos em redes sociais


O cérebro humano é capaz de administrar um máximo de 150 amigos nas redes de relacionamento disponíveis na internet, como Facebook e Orkut, revelou uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. Segundo Robin Dunbar, professor de Antropologia Evolucionária na entidade, este número é praticamente o mesmo que se via antes da existência desses sites.

Nos anos 90, o cientista desenvolveu uma teoria batizada de "Número de Dunbar", que estabelece que o tamanho do neocortex humano - a parte do cérebro usada para o pensamento consciente e a linguagem - limita a capacidade de administrar círculos sociais a até 150 amigos, independente do grau de sociabilidade do indivíduo. Sua experiência se baseou na observação de agrupamentos sociais em várias sociedades - de vilarejos do neolítico a ambientes de escritório contemporâneos. Segundo Dunbar, sua definição de "amigo" é aquela pessoa com a qual outra pessoa se preocupa e com quem mantém contato pelo menos uma vez por ano.

Homens e mulheres

Ao se questionar se o "efeito Facebook" teria aumentado o tamanho dos círculos sociais, ele percebeu que não. "É interessante ver que uma pessoa pode ter 1,5 mil amigos, mas quando você olha o tráfego nesses sites, percebe que aquela pessoa mantém o mesmo círculo íntimo de cerca de 150 pessoas que observamos no mundo real", afirmou Dunbar, em entrevista ao jornal The Times.

"As pessoas se orgulham de ter centenas de amigos, mas a verdade é que seus círculos são iguais aos dos outros". Ainda segundo Dunbar, o comportamento de homens e mulheres em relação às amizades é diferente. "Elas são melhores em manter as amizades apenas conversando com os amigos. Os homens precisam fazer alguma coisa juntos para se manterem em contato", explicou.

Fonte: BBC Brasil

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Mesmo com crise, setor odontológico manteve superávit em 2009

A indústria odontológica exportou 15% a menos em 2009 em relação ao ano anterior. A queda se deve a retração da economia mundial e seu impacto nos negócios. Em contrapartida, as importações apresentaram um acréscimo de 3,2%, totalizando US$ 45,8 milhões. Mesmo assim, as fabricantes de insumos e equipamentos conseguiram manter o saldo positivo da balança comercial em US$ 25 milhões. As importações fecharam em US$ 45,8 milhões.

Falta de crédito, corte de gastos do mercado e a contração nos investimentos para a aquisição de máquinas e equipamentos foram alguns dos fatores que afetaram o desempenho da indústria odontológica, de acordo com pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo) ao Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI).

Há sete anos, o setor odontológico exportou principalmente para Alemanha, Estados Unidos e América do Sul. Juntos, Venezuela, Bolívia, Argentina, Peru e Chile correspondem a 28,4% das vendas ao mercado exterior. Os produtos mais comercializados foram instrumentos e aparelhos para consultórios, seguidos por cadeiras odontológicas.

Ministério da Saúde anuncia R$ 53,1 milhões para saúde bucal e 96 novos CEOs

O Ministério da Saúde anunciou, no último dia 7 de outubro, investimento de R$ 53,1 milhões para ampliar o atendimento em saúde bucal da população brasileira no Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante o I Encontro Nacional de Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e Equipes de Saúde Bucal (ESBs) da Estratégia Saúde da Família, realizado em Brasília (DF), quando foram comemorados cinco anos de Brasil Sorridente. A ABO Nacional participou do evento e dá suporte ao Ministério da Saúde na realização do levantamento epidemiológico em saúde bucal SB-Brasil 2010, que será iniciado oficialmente até o fim do mês.

A nova verba anunciada será utilizada, entre outras medidas, na criação de 96 novos CEOs – R$ 4,5 milhões para construção dos centros, mais R$ 789,8 mil mensais de custeio em 2009. O Ministério da Saúde também pretende suprir a necessidade de prótese dentária no País: a meta é sair dos atuais 350 laboratórios de prótese dentária para 550 até o final de 2010. Todas as ESBs também vão receber o referente a um consultório, o que representa 100% de aumento na verba repassada para a implantação, além da verba que é enviada para a manutenção. O ministério vai determinar em que os municípios deverão aplicar os recursos – entre outras definições, serão especificados que tipos de equipamentos podem ser adquiridos.

Segundo o coordenador nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca Jr., “O objetivo é melhorar as condições de trabalho do cirurgião-dentista e ampliar a quantidade de procedimentos realizados pelas ESBs, para que elas possam resolver mais problemas de saúde bucal”. Dessa forma, espera-se que as equipes passem a encaminhar menos pacientes para os CEOs, contribuindo para a diminuição das filas nos centros. “É um crescimento das ESBs maior do que as metas do ministério já propunham”, enfatiza Pucca, para quem “os investimentos vão fazer crescer o mercado de trabalho para cirurgiões-dentistas e auxiliares entre 20% e 30%”.

SB-Brasil 2010 – Ainda no Encontro, foi anunciado oficialmente o levantamento epidemiológico SB-Brasil 2010, que avaliará as condições de saúde bucal dos brasileiros. Já neste mês, o Ministério da Saúde dará início aos exames do levantamento, realizado em parceria com a ABO Nacional. “Criamos uma Política Nacional de Vigilância em Saúde e o SB-Brasil é um instrumento desta política. Queremos que a cada 10 anos seja feito este levantamento. O SB-Brasil não é uma avaliação da política, ele serve para monitorar a política permanentemente, para acompanhar o impacto epidemiológico. Esperamos que o levantamento também seja assumido por Estados e municípios, e o Ministério da Saúde se colocará à disposição para ajudar”, afirmou Pucca. O SB-Brasil 2010 é coordenado pelo cirurgião-dentista Ângelo Roncalli, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O I Encontro Nacional de CEOs e ESBs da Estratégia Saúde da Família reuniu mais de 800 pessoas, que atuam em todos os Estados brasileiros. Todos os debates e discussões aconteceram em plenárias, envolvendo os participantes. Segundo a organização do evento, o objetivo é qualificar o Brasil Sorridente, avaliando seus avanços e necessidades, para que o programa possa crescer com qualidade.

Novos CEOs – Os novos centros serão criados em 18 Estados: Alagoas (2), Amazonas (1) Bahia (11), Ceará (7), Goiás (3), Maranhão (2), Minas Gerais (8), Pará (7), Paraíba (12), Pernambuco (2), Piauí (5), Paraná (3), Rio de Janeiro (12), Rio Grande do Norte (1), Rio Grande do Sul (1), Santa Catarina (2), Sergipe (2) e São Paulo (15).

“Os novos centros devem atender a população mais carente, permitindo tratamento bucal adequado, evitando milhares de extrações de dentes e reforçando a inclusão social no País. Desde que o Programa Brasil Sorridente foi criado, em dezembro de 2002, cerca de três milhões dentes deixaram de ser extraídos entre a população usuário do SUS”, comemora Gilberto Pucca Jr. Atualmente, 88 milhões de pessoas vivem em áreas cobertas por ações e serviços de saúde bucal da rede pública.

Os CEOs são divididos em três tipos. Do total de serviços credenciados, 49 são do tipo I (com três cadeiras odontológicas); 39 do tipo II (de quatro a seis cadeiras); e 8 do tipo III (com no mínimo sete cadeiras). Atualmente, são 675 centros; com as novas unidades, serão 771, garantindo tratamentos endodônticos e periodontais, atendimento a pacientes com necessidades especiais, cirurgia oral menor e diagnóstico de câncer bucal. Serão destinados R$ 4,5 milhões para construção e mais R$ 789,8 mil mensais para custeio. O trabalho nos CEOs complementa o das ESBs, responsáveis pelo primeiro atendimento ao paciente.

Mais informações: www.saude.gov.br

Aumento na cobertura dos planos odontológicos pode ser prejudicial para a população e para os CDs

A partir de 7 de junho deste ano, os planos de saúde terão que oferecer 70 novas coberturas médicas e odontológicas aos seus cerca de 44 milhões de beneficiários. É isso o que determina a Resolução Normativa nº 211, publicada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 12 de janeiro deste ano, no Diário Oficial da União. A determinação é válida para os contratos fechados a partir de 2 de janeiro de 1999.

Entre os procedimentos odontológicos que passam a ser obrigatoriamente cobertos a partir de junho próximo estão: reabilitação com coroa; exame radiográfico panorâmico da mandíbula/maxila; remoção de pequenos cistos da mandíbula ou maxila; e punção com agulha fina e coleta de raspado em lesões ou áreas específicas da região bucomaxilofacial.

Para a ABO, embora em um primeiro momento pareça beneficiar a população, a medida pode trazer consequências ruins. “Com a ampliação do rol mínimo de procedimentos, as mensalidades dos planos mais básicos devem subir, impedindo que muitos usuários das classes C e D continuem tendo acesso a esse serviço”, explica o presidente nacional da entidade, Newton Miranda de Carvalho.

O dirigente também destaca que o valor que o cirurgião-dentista recebe do plano vai continuar defasado, embora ele tenha que realizar a partir de agora procedimentos que lhe custam mais caro, como a colocação de próteses. “Com isso, o profissional trabalhará desmotivado, podendo se recusar a realizar determinados procedimentos, ou até abandonar o plano.”

Outras mudanças - Na área médica e hospitalar, também estão inclusos na lista mínima de procedimentos oferecidos o transplante heterólogo (de uma pessoa para outra) de medula óssea, PET-Scan (exame por imagem) para diagnóstico de câncer de pulmão, implante de marcapasso multissítio, teste do reflexo vermelho em recém-nascido ou para prevenção de perda da visão e mais de 20 tipos de cirurgias torácicas por vídeo, entre outros.

Além dos novos procedimentos, as novas regras ampliam o atendimento ao consumidor, obrigando, por exemplo, a cobertura pelos planos coletivos aos acidentes de trabalho e aos procedimentos de saúde ocupacional. Também fica determinada a cobertura integral, com medicamentos e todos os materiais necessários, nos casos em que as operadoras ofereçam internação domiciliar como alternativa à internação hospitalar, independentemente de previsão contratual.

Mais informações : www.ans.gov.br

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Newton Miranda de Carvalho (MG) é o novo presidente da ABO Nacional

A nova Diretoria da ABO Nacional tomou posse em 8 de janeiro, tendo como presidente do Conselho Executivo Nacional (CEN) da entidade para a Gestão 2010-2013 o cirurgião-dentista mineiro Newton Miranda de Carvalho, sucedendo Norberto Lubiana (ES). Também assumem os cirurgiões-dentistas Manoel Jesus Rodrigues Mello (CE) como vice; Marco Aurélio Blaz Vasques (RO), secretário-geral; Wesley Borba Toledo (DF), tesoureiro-geral; Daiz da Silva Nunes (AP), primeira-secretária; e Carlos Augusto Jayme Machado (MG), primeiro-tesoureiro.

Eleita em novembro de 2009, com a chapa única ABO de Todos, a nova Diretoria também é formada por representantes de Seções de diversas regiões do País, e pretende descentralizar ações, através da participação ativa dos cinco novos vice-presidentes regionais: Luiz Fernando Varrone (TO), Norte; Tiago Gusmão Muritiba (AL), Nordeste; Osmir Luiz Oliveira (MG), Sudeste; Nádia Maria Fava (SC), Sul; e Jander Ruela Pereira (MT), Centro-oeste.

Também foram eleitos os membros do Conselho Fiscal Nacional (CFN), com José Silvestre (SP),

José Barbosa Porto (CE) e Paulo Jorge Alves Martins (RO) como efetivos, e Rafael de Almeida Decurcio (GO), Alberto Tadeu do Nascimento Borges (AM) e Stanley Sandro da Silva Mendes (AC) como suplentes.

A equipe já vem trabalhando desde antes da posse, ouvindo e discutindo os anseios das Seções e Regionais, o que permitiu detalhar os objetivos da Diretoria em seu plano de metas, que concentra ações em seis grandes áreas:

1. Implantação de política de valorização institucional para as ABOs

2. Implantação de política administrativa mais moderna e transparente

3. Implantação de política de responsabilidade socioambiental

4. Estabelecimento de política legislativa da ABO Nacional

5. Estabelecimento de política voltada aos associados

6. Adequação das normas legais da entidade

Todas as metas definidas pela nova gestão seguem a missão da ABO, que é “promover a Odontologia nacional e internacionalmente, valorizar o cirurgião-dentista no contexto técnico-científico e sociocultural e contribuir com a política de promoção de saúde bucal da população”.

A posse solene acontece no dia 5 de fevereiro, em Belo Horizonte (MG), no Ouro Minas Palace Hotel (Av. Cristiano Machado, 4.001), às 19h30.