domingo, 18 de janeiro de 2009

PL que proíbe a fluoretação é rejeitado na Câmara

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados rejeitou, em dezembro, o Projeto de Lei 95/2007, que revoga a obrigatoriedade da fluoretação das águas de abastecimento público. De acordo com o autor da proposta, o deputado Carlos Souza (PP-AM), a fluoretação pode trazer mais malefícios que benefícios, já que em excesso pode provocar fluorose.

O relator do projeto, o deputado Dr. Nechar (PV-SP), por outro lado, defendeu a adição do flúor na água. “Não se poderia colocar em risco a saúde de milhões de brasileiros ao não oferecer o flúor pelo abastecimento de água. Esse meio ainda é considerado pela grande maioria como o mais eficaz para prevenir a cárie dentária”, disse o relator. Ele ainda lembrou que o Ministério da Saúde e as entidades brasileiras representativas da Odontologia, como a ABO, recomendam a prática. Em diversas ocasiões a ABO lutou pela derrubada deste PL, subsidiando os parlamentares com informações técnicas e científicas que comprovam a importância da fluoretação das águas para o combate da cárie.

O PL tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Mais informações: www.camara.gov.br, em Projetos de Lei e Outras Proposições.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Lei que regulamenta profissionais auxiliares é sancionada pelo presidente

O Projeto de Lei Complementar 003/2007, que regulamenta as profissões de técnico em higiene dental (THD) e auxiliar de consultório dentário (ACD), recebeu, em 24 de dezembro último, a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PL, aprovado no início de dezembro pelo Senado, determina que os profissionais passam a ser chamados de técnico e auxiliar em saúde bucal e que só poderão exercer as duas profissões os portadores de diplomas ou certificados que atendam às normas do Conselho Federal de Educação.

A aprovação desta lei é resultado de anos de luta que envolveu várias entidades, como a ABO, o Conselho Federal de Odontologia (CFO), a Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO), a Associação dos Auxiliares e Técnicos em Odontologia (AATO), entre outras, que atuaram ativamente junto dos parlamentares. Também teve uma participação importante o cirurgião-dentista Swedenberger Barbosa, chefe do gabinete-adjunto da Presidência da República.

Atribuições

De acordo com a lei – que será publicada em breve no Diário Oficial da União -, o técnico em saúde bucal, correspondente ao THD, é o profissional qualificado em nível médio que executa ações de saúde bucal, como ensinar técnicas de higiene bucal e realizar a prevenção de doenças bucais por meio da aplicação tópica do flúor, conforme orientações do cirurgião-dentista. Poderá ainda supervisionar o trabalho dos auxiliares em saúde bucal e realizar a limpeza e a antissepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares, entre outras atividades. Também poderá exercer as competências no âmbito hospitalar, bem como instrumentar o CD em ambientes clínicos e hospitalares.

Já o auxiliar em saúde bucal é o profissional de nível médio que executa as tarefas auxiliares no tratamento, entre elas organizar e executar as atividades de higiene bucal; processar filme radiológico; preparar o paciente para atendimento; preparar modelos em gesso e executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização do instrumental, equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho.

Ambas as categorias profissionais não poderão exercer suas atividades de forma autônoma ou prestar assistência, direta ou indiretamente, a paciente sem a supervisão do CD e, no caso ainda do auxiliar, sem a supervisão do técnico. Eles também não poderão fazer propaganda de seus serviços, mesmo em revistas, jornais e folhetos especializados da área odontológica.

A lei ainda prevê punição para os cirurgiões-dentistas que permitirem que técnicos e auxiliares sob sua supervisão e responsabilidade extrapolem suas funções específicas. Se ocorrer, o profissional responderá pelo erro perante os Conselhos Regionais de Odontologia, conforme a legislação em vigor.

Mais informações sobre o Projeto de Lei Complementar 003/2007: www.senado.gov.br , em Atividade Legislativa.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Na democracia, atira-se o sapato



* Edmundo Floss
Geroge W. Bush assume hoje a posição de homem mais poderoso do mundo. Assim será Barack Obama quando empossado ainda este mês. Homem mais poderoso do mundo é aquele que tem mais dinheiro ? É aquele que tem grande poderio bélico ? Ou aquele que detém um poder imensurável em suas mãos ? Por qualquer ponto de vista, tem-se a certeza: é na pessoa do presidente dos Estados Unidos que são tomadas as decisões que venham a se refletir na vida de milhões de pessoas. Os iraquianos que o digam !
Pouco antes do Natal, vimos através da mídia, George W. Bush se esquivando de dois sapatos atirados pelo jornalista Muntazar al-Zaidi. “É para sua despedida, porco”, bradou antes de ser contido pelos seguranças. Foi uma atitude inesperada pois ... e se ele estivesse armado ? Com certeza mataria Bush.
Mas na tradição do oriente médio, não é bem assim. Jogar um sapato na pessoa é uma manifestação em busca da ética, pois o sapato é a proteção de nossos pés contra a sujeira, conta pedras e outros objetos que venham ferir nosso solado natural. Ao atirar os sapatos, o jornalista tentou expressar que Bush era inferior ou igual à sujeira do chão na qual pisamos. Ele tinha outros objetos como caneta, caderno, carteira e preferiu atirar seus sapatos. Os dois !
No Japão, quando se entra em casa, os sapatos são retirados. Todas as impurezas pela qual pisamos na calçada e na rua ficam na porta. Elas não são convidadas para seguir com o dono dos sapatos. Outro dia li que um país oriental, talvez os próprios japoneses, não cruzam as pernas, sentam de pernas coladas e com os pés no chão. Isso porque a ética social mostra que, cruzando as pernas, deixamos o solado à vista e nele a sujeira pela qual passamos.
Para um país como o Brasil, acostumado a usar as legítimas sandálias de tira elástica, essa questão ética parece não ter muito sentido. Em muitas vezes, a sujeira nos acompanha no serviço ou em casa e, quase sempre, é escondida embaixo do tapete.
O jornalista, cuja arma sempre foi a palavra e a imagem, utilizou-se de um sapato cujo par chega a pesar 600 gramas. Uma arma inofensiva, talvez. Mas que feriu Bush de uma forma que muitos gostariam de fazer. Virou piada, tornou-se game na internet e serviu de chacota para a despedida do texano que deixa em breve a presidência dos Estados Unidos.
O jornalista ? Apanhou sabe-se lá de quem. Prova mais explícita de que a democracia no Iraque acabou se instaurando. Já pensou se os sapatos fossem atirados contra Saddam Hussein ? Será que o jornalista teria levado apenas uma surra ?
* O autor é consultor na área de atendimento (http://edmundofloss.blogspot.com)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Fabricante de sapatos atirados contra Bush aproveita sucesso



Se alguém foi beneficiado pelo recente episódio das sapatadas contra o presidente dos EUA em Bagdá foi a Baydan Shoes Company. A empresa turca, que fabricou os sapatos que o jornalista Muntazer al-Zaidi jogou em George W. Bush, diz ter recebido 300 mil novos pedidos do modelo.

O empresário Ramazan Baydan, que é o criador do modelo agora famoso, disse que os sapatos são produzidos há cinco anos e vendidos principalmente a países do Oriente Médio e Rússia: “Somente ao Iraque exportamos 15 mil pares. Os sapatos podem parecer de baixa qualidade, mas um par pesa 600 gramas e o vendemos no Iraque por 27 dólares”, revelou.

Ele contou que, após ver o ataque contra Bush, ligou para um sócio no Iraque para se certificar de que era um modelo da Baydan. “Desenhei esse modelo há dez anos. Ele nunca sai de moda. Agora se tornou um símbolo de democracia para o povo do Iraque e fico emocionado por isso”, declarou o empresário, que garantiu que a família Zaidi terá sapatos grátis por toda a vida. O criador dos sapatos disse aprovar o ato de Zaidi: “Eu teria feito o mesmo sob essas condições”, afirmou.

Baydan afirmou que pretende agora investir fortemente em publicidade para alavancar suas vendas. O slogan já foi criado: “Adeus, Bush. Bem-vinda, democracia”.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Tudo pelo cliente



* Escolha com clareza uma estratégia de marketing para sua empresa, definindo que parte do mercado você quer atingir. Se necessário, utilize os serviços de uma consultoria especializada.
* Faça uma revisão em sua postura empresarial. Esteja mais presente nas ações de compra e venda e negocie pessoalmente com os bancos.
* Renegocie com fornecedores para baixar preços, repassando as vantagens conseguidas a seus clientes. Isso torna o produto mais competitivo no mercado.
* Estude os produtos ou serviços, preços, estratégias e clientes de seus concorrentes.
* Verifique se o processo de vendas da empresa não é muito burocrático e cansativo para o cliente. Esse item pode ser fator de insatisfação.
* Treine o pessoal da linha de frente. Estudos comprovam que funcionários bem preparados e com poder de argumentação elevam as vendas entre 10 e 20%.
* Faça reuniões com todos os funcionários da empresa, explique o trabalho que está sendo feito para conquistar clientes. Pessoal de vendas, cobrança, atendimento, distribuição e limpeza, todos têm de comprar a idéia. Não adianta você desenvolver uma excelente mala-direta e sua telefonista perder o cliente por atendê-lo mal em sua ligação de retorno. Busque também com seus funcionários sugestões de melhorias.
* Comunique-se eficazmente com seu público-alvo, por meio de pesquisa ou de conversas. O dono do negócio, de preferência, deve conversar com seus clientes, perguntando como foram atendidos, qual produto necessitam, o que poderia ser melhorado na estrutura etc. Para o envio de correspondência ou contato telefônico, será preciso manter um cadastro de clientes habituais e potenciais atualizados. Isso facilita também o trabalho de televendas, de telemarketing e de pró-venda. Lembre-se : custa cinco vezes mais conquistar um novo cliente do que manter um antigo. Cadastro, atualizado, é fonte de receita.
* Fixe uma política de comissionamento de vendas para seus colaboradores. Mesmo que seja por períodos determinados. Estipule metas motive sua equipe de vendas a atingi-las.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Levantou com o pé esquerdo?



Logo após o 11 de setembro, eu conversava com alguém que é chefe de segurança de uma empresa que tinha convidado os sobreviventes das empresas que foram dizimadas pelo ataque ao Twin Towers para compartilharem os escritórios. Com sua voz respeitosa ele me contou histórias destes sobreviventes e todas continham pequenos detalhes.

Embora você talvez não saiba, o chefe de uma empresa chegou tarde, simplesmente, porque aquele dia era o primeiro em que seu filho foi ao jardim da infância. Um outro estava vivo porque era seu dia de trazer rosquinhas. Uma mulher atrasou-se porque o despertador não funcionou. Outra porque ficou presa num congestionamento causado por um acidente. Um outro havia perdido o ônibus.

Da mesma forma, uma mulher teve que trocar de roupa porque derramou café em seu vestido. Um outro teve dificuldade em fazer pegar o motor do carro. Alguém teve que atender a uma ligação. O filho de outro demorou-se para sair da cama. Alguém não encontrava um taxi. Muitas outras histórias, pequenos detalhes, contratempos que talvez, algum dia, sejam escritas num livro.

Aquele homem com quem eu conversava estava vivo porque tinha vestido sapatos novos que lhe causaram uma bolha no pé e ele teve de parar numa farmácia para comprar ataduras.

Hoje, quando pego um congestionamento de trânsito, perco um elevador, atendo uma ligação no momento de uma saída, pequenas coisas que me aborreciam, penso comigo mesmo: “Estou exatamente onde Deus quer que eu esteja neste momento”.

Na próxima vez em que parecer que você "se levantou com o pé esquerdo", seus filhos demorando para se vestir, não lembrando onde deixou as chaves do carro, ou pegando todos os semáforos fechados no caminho do trabalho, não fique triste, não se irrite, não se sinta frustrado, sinta-se agradecido porque alguém pode estar cuidando de você. Isso mesmo, nada é por acaso.