quinta-feira, 30 de abril de 2009

Estudo alerta para os danos do consumo de isotônicos para os dentes



O consumo excessivo de bebidas esportivas, os isotônicos, pode ser bastante prejudicial aos dentes, segundo o estudo “The potential for acid damage on dentin from sports drinks”, apresentado na última reunião anual da Associação Internacional de Pesquisa em Odontologia (IADR, na sigla em inglês), que aconteceu em Miami (EUA) no início de abril.

Ao realizar o trabalho, pesquisadores da Universidade de Nova York verificaram que, apesar dos benefícios oferecidos pelas bebidas esportivas - que contêm carboidratos, sódio, potássio e outros componentes que fazem com que sejam rapidamente absorvidos e promovam uma rápida reidratação após a atividade física prolongada ou intensa -, as bebidas esportivas, principalmente quando consumidas por período prolongado, podem promover erosão dentária.

De acordo com o professor e presidente do Conselho da Faculdade de Odontologia da Universidade de Nova York e principal autor da pesquisa, Mark Wolff, o estudo relacionou diretamente o ácido cítrico presente nas bebidas com o processo. A pesquisa utilizou dentes de boi cortados ao meio e, enquanto metade deles foi imersa em água, a outra parte foi inserida em isotônicos.

Segundo Wolff, os dentes foram imersos nas bebidas por 90 minutos para simular os efeitos de bebericar tais líquidos de tempos em tempos durante um dia inteiro. Ao observar as duas metades em microscópio e realizar análises químicas, os pesquisadores observaram um significativo aumento no amolecimento e na erosão destes dentes. O problema pode ser ainda maior se a escovação for feita imediatamente após o consumo dos isotônicos, pois com o esmalte amolecido os dentes estariam mais suscetíveis à abrasão.

Os pesquisadores recomendam, portanto, o consumo moderado destas bebidas e que as pessoas que as consomem com mais frequência consultem o cirurgião-dentista para saber se precisam usar creme dental que neutralize a acidez e ajude a reendurecer o esmalte.

Pesquisas alertam sobre uso indiscriminado dos enxaguatórios bucais com álcool



Foram divulgados recentemente os resultados de pesquisas que alertam sobre o uso indiscriminado de enxaguatórios bucais e os riscos de câncer de boca e da faringe pelo seu uso frequente. Esta informação se baseia em uma revisão científica publicada no fim de 2008 na Revista Academia Dental Australiana, que compilou estudos do mundo todo que encontraram essa relação. De acordo com os pesquisadores, há evidências suficientes para aceitar a ideia de que enxaguatórios bucais com álcool contribuem para aumentar a taxa de câncer oral. A mesma associação é encontrada pelo estudo brasileiro realizado com 309 pacientes e publicado em 2008 na Revista de Saúde Pública.

De acordo com os estudos, o álcool presente nos enxaguatórios contribui para o aumento das taxas de câncer oral de forma similar às bebidas alcoólicas, pois, como se sabe, o álcool é o segundo fator de risco para a doença, depois do tabagismo. O álcool não é um agente causador de câncer isoladamente, mas uma enzima do organismo o transforma em acetaldeído, substância que pode alterar as células da boca e causar tumores na região.

O consumo de colutórios no Brasil cresceu 2.277 %, de 1992 a 2007, de acordo com levantamento realizado pelo cirurgião-dentista Marco Manfredini, pesquisador da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), baseado em informações da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). No período de 2002 a 2007, o aumento foi de 190 %.

Indicação profissional

Embora alguns especialistas apontem que não há dados concretos sobre a relação do uso dos enxaguatórios com álcool e a incidência de câncer, profissionais criticam o incentivo ao consumo dos produtos e destacam a importância da sua utilização somente em casos específicos e sob a orientação do cirurgião-dentista. Na opinião do presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO Nacional), Norberto Lubiana, o consumo de enxaguatórios bucais provém da percepção da população de que esses produtos resolverão os problemas bucais ou evitarão que eles apareçam.

De acordo com Lubiana, a ABO sempre alerta para a necessidade da indicação profissional para o uso, para que estes produtos sejam utilizados dentro da necessidade específica de cada paciente. “Aqueles com flúor apenas na sua composição são indicados para o uso diário por pacientes que têm grande tendência ao desenvolvimento de cárie ou por quem utiliza aparelhos ortodônticos. Há também outros produtos bacteriostáticos usados após uma cirurgia bucal.”

Sobre a possibilidade de o álcool dos colutórios favorecer o aparecimento de câncer, o CD afirma que a pesquisa australiana é contestada por diversos autores e as pesquisas até agora levadas a cabo não encontram evidência científica suficiente para esta correlação, não havendo necessidade de evitá-lo, desde que o uso dos produtos seja orientado pelo profissional.

Para o oncologista Luiz Paulo Kowalski, diretor do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital A.C. Camargo e um dos autores do trabalho publicado na Revista de Saúde Pública, “algumas marcas chegam a ter 26% de álcool, e há pessoas que usam todos os dias. Hoje existem produtos no mercado sem álcool, que devem ser os escolhidos.” Na opinião de Kowalski, o problema é usar diariamente o produto, pois o dano constante não dá tempo de as células se repararem. “O uso de enxaguatórios bucais com álcool precisa ser mais estudado, mas é algo parecido com o que ocorre com o cigarro: quanto mais exposição, maior o risco”, explica.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os fabricantes são obrigados a informar na embalagem a presença de álcool na composição.

Com informações: Folha de S. Paulo

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Governo federal vai fornecer 40,6 milhões de kits de saúde bucal



O Ministério da Saúde anunciou no final de março que vai incorporar ao Programa Brasil Sorridente, até o final de 2009, 40,6 milhões de kits com escova e pasta de dente, para público infantil e adulto, que estarão à disposição de 100% das Equipes de Saúde Bucal (ESB) em 4.597 municípios. Cerca de 8 milhões destes kits serão entregues para alunos dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas localizadas em áreas de baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), chegando a 1.158 municípios.

Segundo o coordenador nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca Jr., a distribuição dos kits será contínua, enfatizando que “este é o maior programa de incorporação de medidas de prevenção em saúde bucal do mundo, em termos quantitativos e de impacto”. E completa: “Isso deixa de ser um privilégio de quem tem dinheiro para comprar escova e pasta de dente e passa a ser um direito de cada cidadão”. A distribuição da primeira parcela dos kits de higiene bucal, correspondente a 17,8 milhões, também já foi anunciada.

Acesso inadequado a escovas

A medida de incorporar os 40,6 milhões de kits ao Brasil Sorridente foi apresentada logo depois da Agência Brasil divulgar que 58% da população brasileira não têm acesso adequado a escovas de dente, incluindo pessoas que utilizam o produto de forma esporádica e também as que não têm acesso algum a escovas. Esta informação, assim como a dos kits, repercutiu bastante na mídia e diversos jornais, sites e emissoras de rádio e televisão ouviram representantes da ABO para comentá-la e alertar a população e o poder público sobre a importância da higiene oral.

Nas entrevistas que concedeu, o presidente nacional da entidade, Norberto Lubiana, explicou que parte da população não tem acesso à escova por não poder comprá-la, mas que outra parte é por falta de conscientização sobre a importância da higiene bucal. “A ABO frisou nas declarações que é essencial informar melhor a população sobre saúde bucal e os cuidados que se deve ter com ela. Além disso, lembramos que a boca é a porta de entrada para muitas doenças.”

Segundo Pucca, do Ministério da Saúde, a não utilização de escovas de dente no País é mais comum do que se imagina. Ele alerta para o fato de praticamente todas as capitais brasileiras apresentarem baixos índices de acesso ao produto, principalmente em zonas consideradas de exclusão social. “A gente tem que acabar com essa ideia de que as pessoas não têm acesso aos bens mínimos só nas regiões distantes. O problema está na nossa esquina, nas periferias”, afirmou.

O coordenador de saúde bucal concorda que dificuldade financeira e desconhecimento são as principais razões pelas quais mais da metade dos brasileiros não utiliza a escova de dente de forma adequada. Em 2003, o índice de acesso zero às escovas de dente chegava a quase 65%. De acordo com o Ministério da Saúde, este número diminuiu devido ao crescente número de pessoas que passaram a integrar o mercado de trabalho.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Chá de camomila é alternativa terapêutica odontológica mais usada por mato-grossenses, diz estudo

Segundo o artigo publicado na Revista Sul-brasileira de Odontologia, esta espécie vegetal é consumida para alívio da erupção dentária.

Sabendo que a população de Mato Grosso tem por tradição o uso de espécies vegetais como alternativa terapêutica, Aneliza Meireles, da Escola de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso, Miriamy Macedo, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso e Luiz Walter, da Universidade Estadual de Londrina, investigaram quais plantas são utilizadas com maior freqüência pelos moradores do bairro Santa Cruz (MT) em problemas odontológicos. Os resultados da pesquisa foram publicados este ano na Revista Sul-brasileira de Odontologia.

Ao entrevistar 40 indivíduos, por meio de abordagem qualitativa, os autores verificaram que as espécies mais usadas terapeuticamente são: camomila (Matricaria chamomilla L.); açafrão (Crocussativus L.) e arnica-da-serra (Brickelia brasiliensis (Spreng.) Robinson). Os vegetais foram usados para erupção dentária, estomatites e dor de dente, respectivamente.

De acordo com a publicação, os pesquisadores ainda coletaram 65 espécimes que foram catalogadas e depositadas para identificação no UFMT/Herbário Central. Eles identificaram que a folha foi a parte da planta mais utilizada, sendo o consumo feito predominantemente sobre a forma de chá.
Agência Notisa

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Confidências de dentista ....

ENTRE QUATRO PAREDES

Vai doer? É minha primeira vez?

Não sei, depende de cada pessoa.

Pode ir bem devagar?

Posso, mais se eu for rápido, talvez doa menos.

Estou com medo....

Abra bem, vamos começar.

AIIIIIIIIIII, ta sangrando!!!

É normal, mexe um pouquinho pra lá. Agora pra cá.

Pronto pode voltar semana que vem e aí vamos extrair o outro siso.