domingo, 28 de fevereiro de 2010

Hitler tinha mau hálito e medo de dentista, diz estudo


Adolf Hitler tinha medo de dentista, halitose (mau hálito) e se alimentava muito mal, revela um estudo baseado nas anotações do homem que cuidava dos dentes do ditador alemão, o general da SS nazista Johannes Blaschke.

As conclusões estão em "O Dentista do Diabo", trabalho de doutorado de Menevse Deprem-Hennen. Em declarações ao periódico alemão "Bild am Sonntag", o especialista explica que o estudo teve base em uma série de relatórios que durante anos estavam perdidos.

"É muito provável que Hitler sofresse de uma forte halitose", conta Deprem-Hennen, que diz ainda que o ditador nazista comia mal e sofria de doença periodontal, que atinge a gengiva e a sustentação dos dentes.

"É provável também que, como muitas pessoas, Hitler tivesse medo do dentista", afirma o especialista, que tira essa conclusão pelo fato de, em vez de fazer um tratamento de canal em uma ou duas sessões, o "Fuehrer" ter precisado chamar Johannes Blaschke até oito vezes.

Fonte: com informações da Efe, em Berlim

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Câncer de boca: em 2010 haverá 14.120 novos casos



O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que haverá 14.120 novos casos de câncer de boca em 2010, sendo 10.330 em homens e 3.790 em mulheres. De acordo com o instituto, em 2007, a doença causou 6.064 mortes, acometendo 4.814 homens e 1.250 mulheres.

Segundo informações instituto, o fumo e o álcool são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer da boca. Pessoas que fumam e consomem bebidas alcoólicas excessivamente têm maior risco de desenvolver a doença. O risco aumenta quanto maior for o número de cigarros e de doses de bebidas consumidos.

IBGE – No Dia Nacional de Combate ao Câncer, 27 de novembro, o IBGE divulgou informações nacionais sobre o tabagismo. Dos cerca de 25 milhões de brasileiros que fumam, 52,1% pensam em parar. As informações constam da Pesquisa Especial sobre Tabagismo (Petab), apresentada no dia 27/11. A Petab, realizada pelo IBGE, com apoio do Instituto Nacional de Câncer, foi incluída, pela primeira vez, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008.

De acordo com os resultados da pesquisa, o total de fumantes corresponde a 17,2% da população acima de 15 anos. Os percentuais de fumantes são maiores entre os homens (21,6%), entre as pessoas de 45 a 64 anos de idade (22,7%), entre os moradores da região Sul (19,0%), os que vivem na área rural (20,4%), os menos escolarizados (25,7% entre os sem instrução ou com menos de um ano de estudo) e os de menor renda (19,9% entre os sem rendimento ou com menos de um quarto de salário mínimo).

A Petab, com 91 perguntas, foi aplicada em 50 mil domicílios. O questionário é o mesmo aplicado em outros 13 países, como parte Inquérito Global de Tabagismo (GATS), iniciativa da Organização Mundial da Saúde.

A região Sul tem o maior percentual de fumantes (19,0%). Os menores índices foram encontrados no Centro-Oeste (16,6%) e no Sudeste (16,7%). Entre os homens fumantes, os maiores percentuais estão no Nordeste (22,9% ou 4,2 milhões de pessoas) e no Sul (22,5% ou 2,3 milhões); já entre as mulheres, estão no Sul (15,9%) e Sudeste (13,3%).

Por estado, os maiores percentuais de fumantes foram encontrados no Acre (22,1%), Rio Grande do Sul (20,7%) e Paraíba (20,2%), e os menores, no Amazonas (13,9%), Distrito Federal (13,4%) e Sergipe (13,1%).

Estimativa 2010 – O Inca também lançou na semana de comemoração do Dia Nacional de Combate ao Câncer a estimativa 2010: Incidência de Câncer no Brasil. A publicação traz informações detalhadas e por região dos tipos de câncer mais incidentes no Brasil.

Mais informações: www.inca.gov.br

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Fixador de próteses dentárias é suspenso

A empresa GlaxoSmithKline (GSK) enviou um comunicado nesta quinta-feira (18) para anunciar que, por medida de precaução, decidiu interromper o fornecimento de seu fixador de próteses dentárias contendo zinco, o “Ultra Corega Selante Anti-Partículas”. A medida foi tomada de forma voluntária após a publicação de estudos que apontaram os potenciais riscos do uso excessivo e prolongado da substância.

Os fixadores de prótese da marca que não contêm zinco (Ultra Corega Creme Fixador de Dentaduras, Corega Fita Adesiva, Ultra Corega Pó, Super Corega Pó e Corega Pó Fixador) continuam sendo normalmente comercializados em todo o mundo, segundo o comunicado.

Embora o zinco faça parte essencial da dieta alimentar, há indícios de que o consumo excessivo de fixadores de próteses contendo zinco, ao longo dos anos, pode levar ao desenvolvimento de sintomas neurológicos como dormência, formigamento ou fraqueza nos braços e pernas, dificuldade para caminhar e de equilíbrio, e problemas sanguíneos como anemia.

Os relatos, de acordo com a empresa, são raros. “Se algum usuário tiver preocupação de ter usado produto em excesso, deve interromper o uso, consultar seu médico e usar uma alternativa sem zinco. O uso de quantidade excessiva de fixador pode ser um sinal de próteses mal adaptadas.

Os usuários devem consultar seu dentista regularmente para verificar o ajuste de suas próteses”, informa Howard Marsh, médico-chefe da GSK. No Brasil, o produto é comercializado há um ano e não há relatos de eventos adversos associados ao seu uso.Consumidores podem tirar dúvidas nos números 0800 0211529 ou 0800 0266001 e buscar informações complementares no site www.gsk.com.br.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Brasil é o país com o maior número de dentistas


No Brasil, estão 19% dos dentistas do mundo. O dado é do livro "Perfil Atual e Tendência do Cirurgião-Dentista Brasileiro", que foi lançado ontem no 28º Ciosp (Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo). Realizado no Anhembi, em São Paulo, o congresso, que termina hoje, foi promovido pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas.

Segundo Maria Celeste Morita, professora da Universidade Estadual de Londrina e uma das autoras do livro, o Brasil é o país com a maior quantidade de profissionais de odontologia do mundo em números absolutos: são 219.575 profissionais cadastrados. "O "Atlas Global de Odontologia", publicado em 2009 pela Federação Dentária Internacional, estima pouco mais de um milhão de dentistas no mundo. De todos os países incluídos no Atlas, o Brasil é o que tem o maior número de profissionais", diz Morita.

Mas o recorde em número de dentistas ainda não se reflete no acesso de boa parte da população aos serviços odontológicos. "Embora nos últimos anos a odontologia esteja se incluindo de forma mais representativa nas políticas públicas de saúde, ainda há muita desigualdade", afirma Ana Estela Haddad, da Secretaria da Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério do Trabalho. Haddad também assina o livro, com Morita e com Maria Ercília de Araújo, do Observatório de Recursos Humanos em Odontologia.

A dificuldade de acesso a esse enorme contingente de profissionais é, segundo Haddad, explicada por uma soma de fatores. Um deles aparece nos dados levantados para o livro: 59% dos dentistas estão na região Sudeste e três Estados concentram 57% deles --cerca de 33% estão em São Paulo, enquanto Minas Gerais e Rio de Janeiro têm, cada um, aproximadamente 12% dos dentistas.

Além da distribuição regional, Haddad acredita que outros dois fatores expliquem o menor acesso de camadas da população aos serviços odontológicos. "A inserção do dentista nas políticas públicas de saúde é algo recente. Além disso, conforme constatamos no livro, 2/3 dos dentistas trabalham como autônomos, em atendimentos particulares. Isso representa um custo que algumas parcelas da população não podem pagar", diz Haddad.

Fonte: Folha de S.Paulo

Negócios: A dentista de R$ 100 milhões



Quando decidiu montar seu próprio negócio, há quinze anos, a dentista Carla Sarni se viu obrigada a optar por instalações modestas. Localizado na Vila Cisper, na zona leste de São Paulo, seu primeiro consultório odontológico ficava na sobreloja de uma padaria. Havia duas cadeiras para atender os pacientes: uma cuja altura era ajustada por manivela e outra comprada em prestações por sua avó. A mobília da recepção era espartana, com alguns banquinhos de madeira e um ventilador. "Foi o que consegui pagar naquele momento", diz Carla. "Eu era recém-formada e só tinha no bolso as economias de alguns meses de trabalho." A empresária não sabia, mas, ao abrir a sua clínica na periferia, estava começando a se beneficiar de um dos maiores fenômenos do capitalismo do Brasil: a ascensão da classe C.
Hoje, aos 36 anos, Carla comanda a rede de franquias Sorridents, a maior em número de consultórios odontológicos do País, com 112 pontos de atendimento em oito Estados e faturamento de R$ 100 milhões.
Recentemente, a história da empreendedora e sua cadeia de consultórios populares passou a atrair a atenção dos investidores - e alterou profundamente a rotina da empresa. "Temos recebido a visita de alguns fundos de investimento nacionais e estrangeiros e estamos estudando a possibilidade de atrair um sócio", diz Carla.
Como parte dos preparativos para a capitalização, Carla tem se esforçado para sofisticar os processos da empresa. Uma das primeiras iniciativas foi na área financeira. De um ano para cá, a Sorridents terceirizou a contabilidade e contratou seu primeiro controller - uma espécie de gerente do fluxo de valores das empresas. Depois dessas mudanças, o termo "margem Ebitda", um indicador de rentabilidade, passou a ser usado pela primeira vez e os investimentos começaram a ser separados das despesas nos balanços.
Em outra frente, a Sorridents aprimorou seu sistema de informática de modo a conseguir informações mais detalhadas sobre o fluxo de caixa. Desde 2007, a empresa consegue medir com precisão o gasto médio dos pacientes, a rentabilidade de cada serviço e a trajetória detalhada dos clientes.
Nem todas as medidas, porém, deram certo. Em meados do ano passado, Carla decidiu dar o passo definitivo de qualquer empresa que busca um fundo como sócio: profissionalizar a gestão. O executivo George Washington Mauro, ex-diretor do Grupo Pão de Açúcar e sócio da consultoria de headhunting Odgers Berndtson, foi contratado para assumir a presidência da Sorridents no lugar de Carla. Seis meses depois, porém, Mauro está de saída. "A vinda dele acabou pesando demais no nosso caixa. Demos um passo maior do que poderíamos", diz Cleber Soares, vice-presidente da empresa e marido de Carla. Pelo menos por enquanto, a gestão permanecerá nas mãos do casal.
O modelo de negócios que permitiu a expansão da Sorridents na classe C se apoia na flexibilidade de pagamento. Quase 30% das vendas são realizadas em um esquema semelhante ao pré-pago: o cliente paga o que puder, em dinheiro, à medida em que o tratamento é realizado. Desse modo, serviços que poderiam ser concluídos em semanas chegam a levar até um ano.
Outra forma de financiamento é por meio de boletos bancários. Trata-se de um modelo usado por quase 15% dos pacientes que usam aparelhos ortodônticos e precisam fazer manutenção mensal. Como as consultas só são realizadas com os pagamentos em dia, os clientes acabam cumprindo as parcelas para continuar o tratamento.
A maior parte dos clientes, porém, paga parcelado por meio de cartões de crédito ou em até 12 vezes no cheque. "A classe C já compra TV de plasma e carro financiados. Por que não um sorriso?", diz Soares.
Embora a maior parte dos pontos de atendimento da Sorridents esteja localizada em bairros de periferia, é um equívoco imaginar que as clínicas são ambientes descuidados. Ao contrário do primeiro consultório de Carla, os atuais são bem iluminados e decorados, e os insumos utilizados obedecem a rigorosos padrões de qualidade.
O aparente paradoxo - entre a qualidade do atendimento e sua acessibilidade - pode ser explicado por uma decisão tomada há dez anos. Na época, a Sorridents parou de receber pacientes de planos odontológicos a fim de se concentrar nos atendimentos particulares, com margens mais altas. "Os planos ficam com fatias que vão de 50% a 70% da receita dos nossos procedimentos", diz o dono de um consultório concorrente que não quis ser identificado.
A distância dos planos odontológicos é uma das explicações para o crescimento da Sorridents, mas é possível que se torne um de seus grandes problemas daqui para a frente. O fato é que o processo de consolidação dos planos nos últimos anos criou um fenômeno grande demais para ser ignorado. Hoje, 11 milhões de brasileiros possuem planos odontológicos - um segmento que cresce a uma taxa de 19% ao ano, contra 5% dos planos de saúde em geral. O negócio passou a atrair a atenção de empresas como o Bradesco, que se associou à operadora Odontoprev no ano passado, e o GP Investimentos, maior fundo de private equity do País, controlador da operadora Tempo Participações. Segundo executivos do setor, o Banco do Brasil, que ainda não tem presença nesse mercado, busca alvos para aquisições.
"Sabemos que o setor caminha para a direção dos planos, mas também não podemos deixar a qualidade de lado", diz Carla. Para não perder espaço, a Sorridents já cogita se associar a operadoras que permitam margens maiores e também pretende criar seu próprio plano odontológico. Nesse caso, a empresa terá de concorrer com gigantes com maior poder de investimento, canais de distribuição consolidados e contato mais próximo com as empresas, as grandes compradoras de planos. Ou seja, a Sorridents terá de se esforçar para oferecer planos a preços competitivos - e não perder a preferência dos consumidores que a fizeram chegar até aqui

Fonte: Assessoria de imprensa

Cérebro só consegue administrar 150 amigos em redes sociais


O cérebro humano é capaz de administrar um máximo de 150 amigos nas redes de relacionamento disponíveis na internet, como Facebook e Orkut, revelou uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. Segundo Robin Dunbar, professor de Antropologia Evolucionária na entidade, este número é praticamente o mesmo que se via antes da existência desses sites.

Nos anos 90, o cientista desenvolveu uma teoria batizada de "Número de Dunbar", que estabelece que o tamanho do neocortex humano - a parte do cérebro usada para o pensamento consciente e a linguagem - limita a capacidade de administrar círculos sociais a até 150 amigos, independente do grau de sociabilidade do indivíduo. Sua experiência se baseou na observação de agrupamentos sociais em várias sociedades - de vilarejos do neolítico a ambientes de escritório contemporâneos. Segundo Dunbar, sua definição de "amigo" é aquela pessoa com a qual outra pessoa se preocupa e com quem mantém contato pelo menos uma vez por ano.

Homens e mulheres

Ao se questionar se o "efeito Facebook" teria aumentado o tamanho dos círculos sociais, ele percebeu que não. "É interessante ver que uma pessoa pode ter 1,5 mil amigos, mas quando você olha o tráfego nesses sites, percebe que aquela pessoa mantém o mesmo círculo íntimo de cerca de 150 pessoas que observamos no mundo real", afirmou Dunbar, em entrevista ao jornal The Times.

"As pessoas se orgulham de ter centenas de amigos, mas a verdade é que seus círculos são iguais aos dos outros". Ainda segundo Dunbar, o comportamento de homens e mulheres em relação às amizades é diferente. "Elas são melhores em manter as amizades apenas conversando com os amigos. Os homens precisam fazer alguma coisa juntos para se manterem em contato", explicou.

Fonte: BBC Brasil

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Mesmo com crise, setor odontológico manteve superávit em 2009

A indústria odontológica exportou 15% a menos em 2009 em relação ao ano anterior. A queda se deve a retração da economia mundial e seu impacto nos negócios. Em contrapartida, as importações apresentaram um acréscimo de 3,2%, totalizando US$ 45,8 milhões. Mesmo assim, as fabricantes de insumos e equipamentos conseguiram manter o saldo positivo da balança comercial em US$ 25 milhões. As importações fecharam em US$ 45,8 milhões.

Falta de crédito, corte de gastos do mercado e a contração nos investimentos para a aquisição de máquinas e equipamentos foram alguns dos fatores que afetaram o desempenho da indústria odontológica, de acordo com pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo) ao Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI).

Há sete anos, o setor odontológico exportou principalmente para Alemanha, Estados Unidos e América do Sul. Juntos, Venezuela, Bolívia, Argentina, Peru e Chile correspondem a 28,4% das vendas ao mercado exterior. Os produtos mais comercializados foram instrumentos e aparelhos para consultórios, seguidos por cadeiras odontológicas.

Ministério da Saúde anuncia R$ 53,1 milhões para saúde bucal e 96 novos CEOs

O Ministério da Saúde anunciou, no último dia 7 de outubro, investimento de R$ 53,1 milhões para ampliar o atendimento em saúde bucal da população brasileira no Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante o I Encontro Nacional de Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e Equipes de Saúde Bucal (ESBs) da Estratégia Saúde da Família, realizado em Brasília (DF), quando foram comemorados cinco anos de Brasil Sorridente. A ABO Nacional participou do evento e dá suporte ao Ministério da Saúde na realização do levantamento epidemiológico em saúde bucal SB-Brasil 2010, que será iniciado oficialmente até o fim do mês.

A nova verba anunciada será utilizada, entre outras medidas, na criação de 96 novos CEOs – R$ 4,5 milhões para construção dos centros, mais R$ 789,8 mil mensais de custeio em 2009. O Ministério da Saúde também pretende suprir a necessidade de prótese dentária no País: a meta é sair dos atuais 350 laboratórios de prótese dentária para 550 até o final de 2010. Todas as ESBs também vão receber o referente a um consultório, o que representa 100% de aumento na verba repassada para a implantação, além da verba que é enviada para a manutenção. O ministério vai determinar em que os municípios deverão aplicar os recursos – entre outras definições, serão especificados que tipos de equipamentos podem ser adquiridos.

Segundo o coordenador nacional de Saúde Bucal, Gilberto Pucca Jr., “O objetivo é melhorar as condições de trabalho do cirurgião-dentista e ampliar a quantidade de procedimentos realizados pelas ESBs, para que elas possam resolver mais problemas de saúde bucal”. Dessa forma, espera-se que as equipes passem a encaminhar menos pacientes para os CEOs, contribuindo para a diminuição das filas nos centros. “É um crescimento das ESBs maior do que as metas do ministério já propunham”, enfatiza Pucca, para quem “os investimentos vão fazer crescer o mercado de trabalho para cirurgiões-dentistas e auxiliares entre 20% e 30%”.

SB-Brasil 2010 – Ainda no Encontro, foi anunciado oficialmente o levantamento epidemiológico SB-Brasil 2010, que avaliará as condições de saúde bucal dos brasileiros. Já neste mês, o Ministério da Saúde dará início aos exames do levantamento, realizado em parceria com a ABO Nacional. “Criamos uma Política Nacional de Vigilância em Saúde e o SB-Brasil é um instrumento desta política. Queremos que a cada 10 anos seja feito este levantamento. O SB-Brasil não é uma avaliação da política, ele serve para monitorar a política permanentemente, para acompanhar o impacto epidemiológico. Esperamos que o levantamento também seja assumido por Estados e municípios, e o Ministério da Saúde se colocará à disposição para ajudar”, afirmou Pucca. O SB-Brasil 2010 é coordenado pelo cirurgião-dentista Ângelo Roncalli, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O I Encontro Nacional de CEOs e ESBs da Estratégia Saúde da Família reuniu mais de 800 pessoas, que atuam em todos os Estados brasileiros. Todos os debates e discussões aconteceram em plenárias, envolvendo os participantes. Segundo a organização do evento, o objetivo é qualificar o Brasil Sorridente, avaliando seus avanços e necessidades, para que o programa possa crescer com qualidade.

Novos CEOs – Os novos centros serão criados em 18 Estados: Alagoas (2), Amazonas (1) Bahia (11), Ceará (7), Goiás (3), Maranhão (2), Minas Gerais (8), Pará (7), Paraíba (12), Pernambuco (2), Piauí (5), Paraná (3), Rio de Janeiro (12), Rio Grande do Norte (1), Rio Grande do Sul (1), Santa Catarina (2), Sergipe (2) e São Paulo (15).

“Os novos centros devem atender a população mais carente, permitindo tratamento bucal adequado, evitando milhares de extrações de dentes e reforçando a inclusão social no País. Desde que o Programa Brasil Sorridente foi criado, em dezembro de 2002, cerca de três milhões dentes deixaram de ser extraídos entre a população usuário do SUS”, comemora Gilberto Pucca Jr. Atualmente, 88 milhões de pessoas vivem em áreas cobertas por ações e serviços de saúde bucal da rede pública.

Os CEOs são divididos em três tipos. Do total de serviços credenciados, 49 são do tipo I (com três cadeiras odontológicas); 39 do tipo II (de quatro a seis cadeiras); e 8 do tipo III (com no mínimo sete cadeiras). Atualmente, são 675 centros; com as novas unidades, serão 771, garantindo tratamentos endodônticos e periodontais, atendimento a pacientes com necessidades especiais, cirurgia oral menor e diagnóstico de câncer bucal. Serão destinados R$ 4,5 milhões para construção e mais R$ 789,8 mil mensais para custeio. O trabalho nos CEOs complementa o das ESBs, responsáveis pelo primeiro atendimento ao paciente.

Mais informações: www.saude.gov.br

Aumento na cobertura dos planos odontológicos pode ser prejudicial para a população e para os CDs

A partir de 7 de junho deste ano, os planos de saúde terão que oferecer 70 novas coberturas médicas e odontológicas aos seus cerca de 44 milhões de beneficiários. É isso o que determina a Resolução Normativa nº 211, publicada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 12 de janeiro deste ano, no Diário Oficial da União. A determinação é válida para os contratos fechados a partir de 2 de janeiro de 1999.

Entre os procedimentos odontológicos que passam a ser obrigatoriamente cobertos a partir de junho próximo estão: reabilitação com coroa; exame radiográfico panorâmico da mandíbula/maxila; remoção de pequenos cistos da mandíbula ou maxila; e punção com agulha fina e coleta de raspado em lesões ou áreas específicas da região bucomaxilofacial.

Para a ABO, embora em um primeiro momento pareça beneficiar a população, a medida pode trazer consequências ruins. “Com a ampliação do rol mínimo de procedimentos, as mensalidades dos planos mais básicos devem subir, impedindo que muitos usuários das classes C e D continuem tendo acesso a esse serviço”, explica o presidente nacional da entidade, Newton Miranda de Carvalho.

O dirigente também destaca que o valor que o cirurgião-dentista recebe do plano vai continuar defasado, embora ele tenha que realizar a partir de agora procedimentos que lhe custam mais caro, como a colocação de próteses. “Com isso, o profissional trabalhará desmotivado, podendo se recusar a realizar determinados procedimentos, ou até abandonar o plano.”

Outras mudanças - Na área médica e hospitalar, também estão inclusos na lista mínima de procedimentos oferecidos o transplante heterólogo (de uma pessoa para outra) de medula óssea, PET-Scan (exame por imagem) para diagnóstico de câncer de pulmão, implante de marcapasso multissítio, teste do reflexo vermelho em recém-nascido ou para prevenção de perda da visão e mais de 20 tipos de cirurgias torácicas por vídeo, entre outros.

Além dos novos procedimentos, as novas regras ampliam o atendimento ao consumidor, obrigando, por exemplo, a cobertura pelos planos coletivos aos acidentes de trabalho e aos procedimentos de saúde ocupacional. Também fica determinada a cobertura integral, com medicamentos e todos os materiais necessários, nos casos em que as operadoras ofereçam internação domiciliar como alternativa à internação hospitalar, independentemente de previsão contratual.

Mais informações : www.ans.gov.br