domingo, 13 de dezembro de 2009

Indústria odontológica deve crescer 12% em 2009

ABIMO: estimativa de crescimento da indústria odontológica para 2009 é de 12%.

Foi realizado em novembro (19) o encontro “Perspectivas de Setor Hospitalar e Odontológico”, em São Paulo. Organizado pela Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP) em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o evento reuniu empreendedores interessados em ingressar neste mercado e orientou empresas do setor para receber novos investimentos.

Além de palestras, a programação contou com a apresentação de histórias de sucesso de empresas que já participam deste segmento.

A ABIMO exibiu o “Panorama setorial, tendências e perspectivas para o setor”, um retrato da indústria médico-hospitalar e odontológica nacional. Segundo o presidente da associação, Franco Pallamolla, a indústria nacional possui saldos positivos para o fomento de investimentos de capital empreendedor.

“A indústria tem boas expectativas e estima um crescimento médio de 12% em 2009. As projeções baseiam-se em negócios já alinhavados, na manutenção da demanda interna e também nos lançamentos previstos para este ano. Somado a isto, a conjuntura macroeconômica do país é favorável, contamos com políticas públicas consistentes, há investimentos na área da saúde e iniciativas de fomento à inovação tecnológica”, disse Pallamolla.

Lançado sistema de controle e distribuição de medicamentos

O Ministério da Saúde lançou, este mês, o Hórus – Sistema Nacional da Assistência Farmacêutica. Através desta ferramenta, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão ter acesso a medicamentos em data agendada. O processo será implementado como projeto-piloto em 16 cidades em março e permitirá aos municípios o acompanhamento individualizado do uso de remédios e o controle da distribuição e do estoque em tempo real.

A partir de abril, todos os municípios do Brasil poderão usar o sistema gratuitamente. Para isso, as prefeituras que tiverem interesse já podem fazer seu cadastro no Portal do Ministério.

Uso e distribuição racional de medicamentos


Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, o novo programa terá um impacto importante na assistência farmacêutica do SUS. “O Hórus permite a melhoria da qualidade da informação, do gasto e da segurança dos pacientes, pois eles tomarão os medicamentos na dose e na data corretas”, afirmou o secretário.

Para José Miguel do Nascimento Júnior, do Departamento de Assistência Farmacêutica do MS, por meio deste programa o governo poderá controlar a regularidade em que os medicamentos são fornecidos e saber se o paciente foi buscá-los na data marcada. No futuro, poderá haver um planejamento para que as equipes de saúde da família façam a busca ativa das pessoas que não continuaram o tratamento. “O Hórus é uma ferramenta muito importante. Esperamos a massificação do seu uso para podermos, mais para frente, avaliar o desempenho e o impacto dos novos investimentos em saúde”, diz Nascimento.

Vantagens

Para o cidadão, as vantagens são a ampliação do acesso aos medicamentos, o agendamento da retirada dos remédios, agilidade do atendimento, geração do perfil e histórico do uso de medicamentos individualizado e possibilidade de avaliação do serviço prestado e do seu custo.

O Hórus é um software livre que será operado pelas secretarias municipais de Saúde e almoxarifados centrais. Ele é integrado ao Cartão Nacional de Saúde e ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, o que permitirá o acompanhamento da saúde de cada paciente.

O sistema foi desenvolvido pelo Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF) do Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Recife (PE).

Fonte: Portal da Saúde

Câncer: o de boca é o 7º tipo mais freqüente no Brasil

O hábito de fumar é um dos principais fatores de risco que podem levar ao câncer bucal, hoje entre os 10 tipos de câncer com os mais altos índices do país. O câncer de boca está em 7º lugar – o de “traqueia, brônquio e pulmão” está em 3º. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a estimativa para 2010 é de 14.160 novos casos de câncer bucal, sendo 10.380 homens e 3.780 mulheres.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, que pela primeira vez trará informações sobre tabagismo, foi apresentada nesta sexta-feira, dia 27/11, Dia Nacional de Combate ao Câncer.

O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra.

Fatores de Risco

Os fatores que podem levar ao câncer de boca são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas.

Sintomas

O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.

Prevenção e Diagnóstico Precoce

Pessoas com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.

Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.

Exame Clínico da Boca

O exame rotineiro da boca feito por um profissional de saúde pode diagnosticar lesões no início, antes de se transformarem em câncer. Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem devem estar mais atentas e ter sua boca examinada por profissional de saúde (dentista ou médico) pelo menos uma vez ao ano.

Tratamento

A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos).

As lesões iniciais são aquelas restritas ao seu local de origem e que não apresentam disseminação para gânglios linfáticos do pescoço ou para órgãos à distância. Mesmo lesões iniciais da cavidade oral, principalmente aquelas localizadas na língua e/ou assoalho de boca, podem apresentar disseminação subclínica para os gânglios linfáticos cervicais em 10% a 20% dos casos. Portanto, nestes casos, pode ser indicado o tratamento cirúrgico ou radioterápico eletivo do pescoço.

Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia. Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos ‘gânglios’), é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido. Nestes casos, o prognóstico é afetado negativamente.

A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, que permitiu largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, ainda são grandes e o prognóstico dos casos, intermediário. A quimioterapia associada à radioterapia é empregada nos casos mais avançados, quando a cirurgia não é possível. O prognóstico, nestes casos, é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.

Com informações do Inca

Prefeitura inicia processo de recuperação dos salários dos cirurgiões-dentistas

A diretoria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) foi recebida por uma equipe de assessores do gabinete do prefeito Gilberto Kassab, no último dia 23 de novembro, para tratar da isonomia salarial dos cirurgiões dentistas com os médicos.

Na oportunidade, representantes do governo municipal reiteraram o reconhecimento pelo prefeito da importância do excelente trabalho conduzido pela classe, que é capitaneada pela CROSP com o apoio da AOPSP, APCD e ABCD.

Seguindo a política de valorização do funcionalismo público municipal, o prefeito encaminhou à Câmara Municipal, o Projeto de Lei nº 719/2009. Publicado no Diário Oficial da Cidade em 18/11, o PL 719/2009 aumenta o valor do Prêmio de Produtividade de Desempenho (PPD), pago a 1.154 cirurgiões-dentistas da rede municipal.

Com reajustes proporcionais retroativos a maio de 2009, o PL estabelece que em maio de 2010, o valor do PPD pago aos cirurgiões-dentistas será equiparado a de outros profissionais da saúde. A Prefeitura informou, ainda, que mantém estudos para dar continuidade ao processo de valorização profissional dos cirurgiões-dentistas da rede municipal.

Lavagem de roupas de serviços de saúde terá regras específicas



As roupas utilizadas nos serviços de saúde terão novas regras de lavagem. A proposta está na Consulta Pública 73, disponível no site da Anvisa. As roupas utilizadas em serviços de saúde incluem lençóis, fronhas, cobertores, toalhas, colchas, cortinas, roupas de pacientes, campos cirúrgicos, propés, aventais e gorros não descartáveis, dentre outros. O processamento das roupas dos serviços de saúde envolve todas as etapas, desde a coleta da roupa suja até a distribuição da roupa limpa para novo uso.

O documento propõe, por exemplo, a capacitação dos trabalhadores das unidades de processamento de roupas de serviços de saúde, também conhecida como lavanderia hospitalar, e proíbe a lavagem de roupas de serviços de saúde em domicílio. A proposta também veda a alimentação nas áreas de trabalho e obriga a instalação de recursos para higienização das mãos na várias áreas da unidade.

A Consulta Pública permanece aberta até o dia 16 de dezembro e as contribuições podem ser encaminhadas pelo e-mail: cp.73.2009@anvisa.gov.br; para o fax: (61) 3462 6895 ; ou para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde, SIA Trecho 5, Área Especial 57, Brasília- DF, CEP 71.205-050.

Qualquer pessoa pode participar e as manifestações devem ser feitas em formulário específico disponível na página da Anvisa: http://www.anvisa.gov.br/divulga/consulta/index.htm.

Brasileiro está mais gordo e mais alto, aponta estudo do Ministério da Saúde


"Metade da população já está com sobrepeso. As principais causas são a mudança para hábitos alimentares menos saudáveis e a menor prática de atividades físicas", explica Marcio Mancini, diretor do grupo de Obesidade e Doenças Metabólicas do Hospital das Clínicas de São Paulo. Os meninos de 10 a 19 anos tiveram aumento de 82,2% do IMC (Índice de Massa Corpórea que dá a razão entre o peso e a altura) em 29 anos.
As meninas, na mesma faixa etária, obtiveram aumento de 70,3%. Mas as mulheres apresentam estabilidade no ganho de peso desde a década de 90, com a valorização do corpo e o combate ao sobrepeso, enquanto os homens não param de engordar. Segundo o médico, o aumento da obesidade é expressivo na camada mais pobre da população. "A falta de informação leva a pessoa a comer pior. Além disso, alimentos baratos e calóricos como o açúcar e o óleo de soja são muito usados. Assim, a pessoa adoça mais do que precisa e faz muita fritura".
Para Mancini, o governo deve atuar na conscientização da população nas unidades básicas de saúde para reverter a situação. De acordo com o estudo, o IMC médio do brasileiro está muito próximo de 25 kg/m², limite para passar do perfil normal para o de sobrepeso. Se o valor ficar acima de 30, é considerado obesidade. O aumento da obesidade ainda é um dos fatores para a elevação das mortes por diabetes no país.
O crescimento está mais concentrado nos homens com mais de 40 anos e houve queda entre as mulheres de 20 a 39 anos. Enquanto eles ganharam mais peso, as mulheres cresceram quase duas vezes mais. A estatura média do homem cresceu 1,9 cm em 14 anos e chegou a uma média de 1,70 m em 2003. Já as mulheres, tiveram um aumento de 3,3 cm de altura, alcançando 1,58 m.

Desnutrição

O déficit de altura nas meninas menores de cinco anos, um dos principais indicadores de desnutrição, caiu 85% de 1974 a 2007. Entre os meninos, a queda foi de 77% no mesmo período. O Ministério espera que a desnutrição seja praticamente nula em 10 a 15 anos. A desnutrição teve redução de 50% em 10 anos, passando de 13,4% das crianças com menos de cinco anos para 6,7% em 2006. O aumento da altura também foi significativo - o déficit caiu 70% entre 1974 e 2003.