
Os principais cursos de graduação hoje expõem a ética profissional em sua grade curricular. Embora seja difícil mudar uma cultura que existe há décadas, o jovem profissional não aceita facilmente a ética disciplinar. O ambiente corporativo é diferente, por exemplo, da rotina universitária, na qual se chega quando se quer, senta-se ou veste-se de forma conveniente apenas para si próprio. Porém, esses jovens não podem esquecer que a “selva de pedra” é traiçoeira e apenas os fortes conquistam os melhores espaços oferecidos pelo mercado.
Pesquisas feitas por todo mundo indicam que a concentração no ambiente de trabalho tem maior rendimento quando paramos de ficar atendendo a todo momento o telefone celular, discutindo o capítulo da novela de ontem ou utilizando a internet para passar tempo. Os administradores de recursos humanos hoje comemoram a inclusão de deficientes físicos no mercado de trabalho. Eles rendem mais que os demais. Deficiências como a mudez impedem do profissional ficar “nos corredores” falando dos colegas; dificuldades de locomoção evitam das pessoas formarem grupinho durante o café para falar da vida alheia, entre outros exemplos.
É claro que um sistema rígido de controle da vida do funcionário pode ser anti-democrático. Mas e o exemplo que vemos com os Jogos Olímpicos da China ? Crianças que não têm bom resultado na escola sofrem repressões inclusive por parte dos familiares. Esportistas são disciplinados desde cedo a terem um condicionamento físico além do adequado. O Estado, como fonte gestora da vida coletiva, acaba cobrando resultados. Lá não interessa o segundo lugar. A medalha de ouro é o objetivo. Não é verdade ?
Trabalhar com a descrição no ambiente corporativo ainda é uma incógnita para muitos. Ou se age bruscamente ou deixa-se a situação rolar “para ver no que dá”. Mas fica o exemplo do silêncio para que, intimamente, pensemos a verdade, do que soltar a palavra e tornar-se um mártir dela.